30 setembro 2004

A minha primeira lança em África... (5)

Dia 5
6 de Setembro

Mais um dia a levantar cedo. Desta feita a excursão foi organizada pela operadora turística francesa que (ao que tudo indica) tem participação no hotel, visto que a nossa operadora turística não organiza visitas a El-Jem e Kairouan com partida de Hammamet. Em vez de um portinhol arranhado, o guia expressou-se num francês perfeito.

[Este guia, foi de longe o melhor dos três. Para além de nos elucidar sobre diversos aspectos dos locais a visitar, dava-nos a sua opinião sobre o Corão e sobre a sua interpretação pelos tunisinos. Uma dessas opiniões versou sobre algo que vimos na mesquita que primeiro visitámos em Kairouan - mulheres que levavam os seus filhos para serem circuncidados. Era totalmente contra isso, porque apesar de ser obrigatório (pelo Corão) tal operação, nada a impede de ser actualmente feita num hospital com condições de higiene e segurança, ao invés de numa mesquita]

Kairouan

[Kairouan é a quarta cidade sagrada para o Islão]

A primeira paragem do dia foi no posto de turismo de Kairouan, para comprar o "Direito de Foto" para as mesquitas e, também para fazer uma pequena pausa. De seguida fomos visitar uma das mesquitas de Kairouan. À entrada, e para mal dos meus pecados, acharam que os meus calções eram demasiado curtos, assim como as alças da Sónia. Sendo assim, para entrar tivemos de desembolsar mais um dinar (cada um) por duas tunisinas. Acho que nunca na minha vida vesti algo tão mal cheiroso, tão encharcado em suor como nesse dia. Entrámos na mesquita, demos uma volta pelas arcadas, espreitámos as salas de oração e saímos. Tínhamos de despir aquilo o mais rapidamente possível.
Dali, seguimos para a outra mesquita que fazia parte do roteiro, esta a mais antiga de Kairouan. Cá fora, numa das bancas de vendedores, a Sónia comprou um lenço para cobrir os ombros e eu, como quem não quer a coisa, comprei um turbante à Arafat. O vendedor, um senhor de idade, colocou-mo na perfeição e ainda posou comigo para uma fotografia. A Sónia, de lenço sobre os ombros, e eu, de turbante entrámos sem qualquer objecção na mesquita. A mais bonita que tivemos oportunidade de ver.

[Desta vez não levantaram qualquer problema em relação ao tamanho dos calções. Os calções eram os mesmos... não cresceram entretanto]

No centro do pátio da mesquita, o nosso guia contava-nos factos sobre o local onde nos encontrávamos. Explicou-nos o que eram e para que serviam diversos poços de água espalhados pelo pátio, bem como algumas placas de mármore trabalhadas - lavabos. Explicou-nos que apesar de o dia sagrado do Islão ser a sexta-feira, na Tunísia celebra-se o Domingo para não causar transtornos laborais; que as 5 orações diárias não têm que ser necessáriamente uma de manhã, uma ao meio dia, uma antes do ocaso, uma durante o ocaso e a última à noite. E que as mesmas não têm que ser ditas na direcção de Meca, pois Alá está em todo o lado. O que importa é dizê-las. Pode-se dizer a primeira do dia ao levantar e as restantes, à noite após o regresso do trabalho. O Islão é flexível.

[Os poços de água servem para tirar água para se lavarem - nos lavabos de mármore - antes das orações]

El-Jem

A chegada a El-Jem, é indescritível. Ao longo da estrada que se aproxima de El-Jem, começamos a vislumbrar o anfiteatro. Primeiro, ao longe... pequeno, quase como se de uma miragem se tratasse. Depois, ao perto, constatamos toda a grandeza daquele que é o maior anfiteatro de África e - muito provavelmente - o que em melhor estado de conservação se encontra.

Mais uma vez, não éramos os únicos a estar ali. Várias excursões tinham agendado a visita para aquele dia. Como tínhamos feito até ali, separámo-nos do resto dos turistas e fomos fazer a visita por nossa conta e risco. Descemos às galerias inferiores, subimos às galerias superiores. Olhámos a cidade em redor, sentimo-nos por momentos rodeados por milhares de vozes que gritavam histericamente. Descemos à arena, sentimo-nos no centro do mundo.

[Estava à espera de ver sair dali a qualquer momento um tigre ou o Russell Crowe. Eu pessoalmente, e ao contrário da Sónia, preferia o tigre...]

Numa das arcadas que dava acesso ao interior do anfiteatro, um café com esplanada - montada já dentro do anfiteatro - aconchegava a garganta a vários turistas. Nessa esplanada descobri uma nova utilidade para os capitéis do anfiteatro... confesso que a desconhecia.

29 setembro 2004

A Tunísia vista pelos meus míopes II - E Vilamoura aqui tão perto!

Port El Kantaoui é a Vilamoura da Tunísia. Local de veraneio dos mais ricos, ao longo da sua marina os iates repousam acompanhados por dois galeões piratas, feitos à medida da curiosidade dos turistas. Como o mar não é o meu elemento, não fizemos nenhum passeio de barco, mas garantiram-nos que é bastante engraçado.

As casas ricas, privilégio de poucos neste país e que contrastam com o resto das que tenho visto pelos locais onde tenho passado, crescem com a facilidade e a rapidez de cogumelos. Além dos turistas, vêem-se alguns casais de noivos em lua-de-mel. Elas ainda têm os pés tatuados com hena. Fico alguns segundos a olhar para um desses casais que está sentado numa mesa próxima da noss, na esplanada da pizzaria onde viemos beber um café expresso aceitável (não é que eu goste assim tanto de café nem que lhe sinta a falta, mas faz sempre bem provar um sabor familiar estando tão longe de casa) e não posso deixar de pensar que os tunisinos são muito atraentes. Homens e mulheres têm uma grande beleza física, geralmente acompanhada de simpatia a condizer. As mulheres não são obrigadas a usar o véu e só as mais velhas mantém a tradição, mas usam os cabelos compridos, lisos, caídos sobre as costas. São sóbrias no vestir e nos gestos, muito delicadas, cumprindo o ideal de beleza da gazela, que os povos do Magreb tanto apreciam. Os homens são altos na sua maioria, magros, de sorriso franco e poucos usam bigode (por qualquer motivo, convenci-me de que a maioria dos homens árabes gosta de usar bigode…). A “djellabah”, o traje tradicional da Tunísia, tal como o véu, só é usada pelos homens mais velhos.

O que mais gosto nestas pessoas é que todas parecem tão convictas da sua cultura e religião, que não precisam apregoá-las ou embarcar em fundamentalismos para marcar a sua diferença. Assumem-na com um discreto orgulho, gostam que visitemos o seu país, gostam de o mostrar, como os donos de uma bela casa sentem prazer em abri-la às visitas. É claro que ninguém despreza o peso do turismo na balança de pagamentos da Tunísia, mas é mais do que isso. Há qualquer coisa de genuinamente bom e sincero na maneira como somos tratados aqui.

Depois de uma breve paragem para comprar amêndoas caramelizadas, partimos para Sousse, uma das mais antigas e importantes cidades tunisinas.

28 setembro 2004

A Tunísia vista pelos meus míopes I - Sidi Bou Said

Sidi Bou Said é uma odalisca vestida de branco e enfeitada com turquesas, reclinada na areia, junto ao mar. O seu corpo é a colina, que se debruça sobre o Mediterrâneo como quem tenta alcançar algo, talvez as costas de Espanha de onde vieram os seus fundadores. Tudo nesta cidade é delicado, feminino, sensual. Sidi Bou Said foi fundada no séc. XVII pelos muçulmanos expulsos de Espanha e a sua arquitectura andaluza é desenhada a branco e azul (cores e estilo religiosamente preservados pelas autoridades da cidade).

O seu nome é o de um homem santo, Bou Said, protector de várias causas, entre as quais a das mulheres que não conseguem ter filhos. Segundo o nosso guia, ainda hoje são numerosas as peregrinações a Sidi Bou Said com o intuito de pedir a intervenção do santo homem em questões terrenas.

Tinha sonhado vir aqui ao fim da tarde, para poder desfrutar do pôr do sol na esplanada do Café des Nates, mas creio que terá de ficar para a próxima, visto que ainda não são sequer horas de almoço e o famoso café acaba de receber uma enxurrada de turistas, ansiosos por se descalçar e tomar uma reconfortante chá de menta sentados sobre as esteiras. A grande custo, lá conseguimos entrar. Não há lugar nas esteiras, mas um empregado oferece-nos delicadamente um chá delicioso. Aqui chamam menta à hortelã-pimenta. O chá é servido em copos, bem quente e com bastante açúcar. Curiosamente, é muito refrescante e reconforta, deixa-nos prontos para enfrentar o calor, os vendedores, as hordes de turistas e o que mais queira por nós passar.

A visita ao interior de uma das casas típicas da cidade mostra-se igualmente decepcionante, não pelo conteúdo, mas pela quantidade de cabeças loiras, ruivas e morenas à minha volta, quase todas munidas de máquinas de fotografar e filmar, e que se acotovelam para ouvir as explicações dos diversos guias.

Consigo ver vagamente os trajes tradicionais, algumas cenas do ritual de preparação das noivas e pouco mais. No terraço estão todos os portugueses empoleirados ao mesmo tempo sobre uma varanda. Acho melhor descer e ir até à Medina – não quero ser testemunha de nenhum acidente.

E foi na Medina de Sidi Bou Said que aprendi a regatear quando um vendedor me pediu uma fortuna por uma pulseira e eu respondi que era demasiado caro… A partir daí, descobri a minha vocação de regateira que, com muita pena minha, de pouco ou nada me serve por estes lados do mundo de onde agora escrevo esta memória.

Resumindo: Sidi Bou Said é um local de visita imprescindível na Tunísia. Uma cidade cheia de charme irresistível onde apetece voltar, apesar dos turistas que conseguem ser bastante mais aborrecidos do que os vendedores.

Conversas de fim de semana ou ...

a Educação é bonita...

[Na praia... a mãe (sentada numa cadeira toda ferrugenta e estragada) a ler a Caras, um adolescente a jogar no telemóvel, um bebé a bricar com areia e uma outra criança que se afastou para brincar a dois metros das restantes personagens]

- Beatriz, venha cá - disse a mãe.
(a Beatriz deixou-se estar imóvel)
- Beatriz, não ouviu a sua mãe? - disse por sua vez o mano mais velho.
- Beatriz, venha já para aqui! - gritou a mãe.
(por fim, a Beatriz, uma menina de 2 ou 3 anos no máximo, lá se aproximou da mãe).

Eu cá, gosto muito da educação, Tá a ver?

Amigos, amigos...trabalho à parte

Nunca fui capaz de fazer trabalhos de grupo na escola, embora fosse uma pessoa "popular", daquelas que conhece o liceu inteiro, fala com toda a gente e está sempre a fazer parte das associações de estudantes. A razão, nunca a soube. Diga-se em abono da verdade que também nunca procurei sabê-la. Quando chegava a altura de fazer os tais trabalhos de grupo, pedia aos professores para os fazer sozinha e eles achavam bem.

Mais tarde, quando comecei a trabalhar, deram-me logo um gabinete e um trabalho que dependia só de mim. Durante 10 anos fui feliz assim. Fiz do meu gabinete uma segunda casa, com livros, cafeteira e bolachinhas na gaveta (só não podia ter música porque o chefe que ocupava o gabinete contíguo e gostava de trabalhar de porta aberta, dizia que não estava para ouvir os meus cantores "panascas...)

Em Julho passado alguém se lembrou de que eu estava a ser "subaproveitada" e, num gesto súbito, lá me vi fora do meu gabinete, obrigada a partilhar outro com uma colega. O pior de tudo é que, em vez do meu gabinetezinho confortável com vista para as traseiras, puseram-me em plena Direcção, num espaço cheio de luz, à qual o meu lado vampiresco-intimista não estava acostumado.

As vantagens também existem, claro, como em quase tudo nesta vida e aqui estou muito mais "visível" sob todos os aspectos, mesmo sob o da promoção profissional, mas confesso que sinto falta do meu espaço e do meu trabalho antigos.

Ontem, ao chegar de férias, soube que a minha colega vai ser substituída por outra que, além de colega, é amiga. Confesso que o meu pequeno mundo tremeu. Se calhar, sem razão, não sei, mas admito que tenho medo de trabalhar com alguém que já conheço bem e com quem tenho um excelente relacionamento. Uma coisa é começar uma amizade com alguém com quem se trabalha, outra coisa é começar a trabalhar com um amigo...

Nunca tinha pensado nisto, mas pelos vistos não sou a única porque ontem, em conversa com a minha velha amiga e nova colega percebi-lhe os mesmos receios. Vamos ver como será.

Fábula (muito) actual

Um dia, quando um homem chegou tarde a casa, cansado e irritado após um dia de trabalho, encontrou esperando por si à porta o seu filho de 5 anos.

- Papá, posso fazer-te uma pergunta?
- Claro que sim; o que é?
- Quanto ganhas numa hora?
- Isso não é da tua conta; porque me perguntas isso?! - respondeu o homem zangado.
- Só para saber; por favor... diz lá... quanto ganhas numa hora? - perguntou novamente o miúdo.
- Bom... já que queres tanto saber, ganho 10 Eur por hora.
- Oh!, suspirou o rapazinho baixando a cabeça.
Passado um pouco, olhando para cima, perguntou:
- Papá, emprestas-me 5 Eur?
O pai, furioso, respondeu:
- Se a razão de tu me teres perguntado isso, foi para me pedires dinheiro para brinquedos caros ou outro disparate qualquer, a resposta é não; e de castigo, vais já para a cama. Vai pensando no menino egoísta que estás a ser. A minha vida de trabalho é dura demais para eu perder tempo com os teus caprichos. O rapazinho, cabisbaixo, dirigiu-se silenciosamente para seu quarto e fechou a porta. Sentado na sala, o homem ficou a meditar sobre o comportamento do filho e ainda se irritou mais; como se atrevia ele a fazer-lhe perguntas daquelas? Como, ainda tão novo, já se preocupava em arranjar dinheiro? Passada mais ou menos uma hora, já mais calmo, o homem começou a ficar com remorsos da sua reacção.
Talvez o filho precisasse mesmo de comprar qualquer coisa com os 5 euros; afinal, nem era costume miúdo pedir-lhe dinheiro. Dirigiu-se ao quarto do filho e abriu devagarinho a porta.
- Já estas a dormir? Perguntou.
- Não papá, ainda estou acordado, respondeu o miúdo.
- Estive a pensar... Talvez tenha sido severo demais contigo - disse o homem. Tive um longo e exaustivo dia e acabei por desabafar contigo; Toma lá os 5 Eur que me pediste. O rapazinho endireitou-se imediatamente na cama, sorrindo:
- Oh, papá! Obrigado!
E levantando a almofada, pegou num frasco cheio de moedas. O pai, vendo que o rapaz afinal tinha dinheiro, começou novamente a ficar zangado. O filho começou lentamente a contar o dinheiro, até que olhou para o pai.
- Para que queres mais dinheiro se já tens aí esse? - resmungou o pai.
- Porque não tinha o suficiente; agora já tenho! - respondeu o miúdo.
- Papá, agora que já tenho 10 Eur, já posso comprar uma hora do teu tempo, não posso? Por favor, vem uma hora mais cedo amanhã. Gostava tanto de jantar contigo...

Chegou por e-mail e relata muitas situações, neste mundo louco e stressante em que vivemos actualmente

27 setembro 2004

Ser mãe

A minha bisavó foi uma mulher excepcional. Veio do Norte do país muito jovem para viver em Lisboa onde sempre ganhou a vida como varina. Os primeiros homens deram-lhe dois filhos e pouco amor, até que conheceu um oficial do exército, republicano até à medula e que passava a vida a desertar, a ser preso e a fugir. Casaram e nasceu a minha avó. Mas a vida era difícil e, como o dinheiro não chegava, a minha bisavó aceitou uma menina para criar. Era muito usual este tipo de situação. Crianças de famílias abastadas, umas bastardas, outras legítimas mas que, ou por terem sido pouco desejadas ou por incapacidade da mãe biológica, acabavam por viver anos e anos com as mães de criação.

Foi o caso da minha tia-avó. A mãe tinha morrido após o parto e o pai não se achava capaz de cuidar dela, por isso entregou-a aos cuidados da minha bisavó. Pagou o primeiro ano de criação e depois desapareceu. A minha bisavó adoptou a menina e, quando o meu bisavô morreu na Flandres durante a guerra, viu-se de novo sozinha, com quatro filhos para criar. Todos cresceram, numa época em que a mortalidade infantil era assustadora. Nenhum teve uma grande educação, no que diz respeito a escola, mas todos aprenderam a ler e a escrever.

Um dia, um homem bateu à porta da minha bisavó. Era o pai biológico da minha tia-avó. Tinha casado de novo e precisava que ela voltasse para casa, para ajudar a cuidar dos irmãos. Morava no Estoril, era dono de várias sapatarias, um homem de negócios bem sucedido. A minha tia-avó trabalhava como cozinheira. Era a sua filha legítima, a primogénita, tinha o seu apelido e todos os direitos, mas apesar de tudo, ela decidiu dizer-lhe que não, que não voltaria para uma casa que não reconhecia como sua, que o seu pai tinha morrido durante a guerra e que a sua mãe ainda era viva. Quanto a cuidar dos irmãos, disse-lhe que já o fazia, que cuidava dos irmãos João, Aires e Sofia, os únicos que sabia ter. Desejou-lhe uma boa tarde e fechou a porta.

Nesse dia, a minha tia-avó abdicou de tudo a que tinha direito por nascimento porque, no seu entender, nada nem ninguém a poderia fazer esquecer a sua família de criação, que a aceitou e amou como se a eles pertencesse.

Sempre que penso em adoptar uma criança, lembro-me desta história, da minha bisavó mas, sobretudo, do meu bisavô e da sua enorme generosidade, da sua capacidade para amar que nunca distinguiu a filha que lhe saiu do sangue daqueles que tinham o sangue de outros homens e acredito que este sim é o amor verdadeiro, incondicional, protector.

“Parir é dor, criar é amor”. Muitas vezes ouvi esta frase à minha avó como uma espécie de moral desta história. Não existe verdade maior. Não acredito naquilo a que chamam “voz do sangue”, acredito no amor.

Os últimos dias têm-me enchido de tristeza porque, mais uma vez, uma criança sofreu por não ser amada, por não ter quem a protegesse, porque as pessoas de quem ela esperaria protecção foram os seus carrascos. Como ela, muitas outras sofrem e eu pergunto, até quando?

26 setembro 2004

Só porque

me apeteceu...

I pictured a rainbow
You held in your hands
I had flashes
But you saw then plan
I wondered out in the world for years
While you just stayed in your room
I saw the crescent
You saw the whole of the moon!
The whole of the moon!

You were there at the turnstiles
With the wind at your heels
You stretched for the stars
And you know how it feels
To reach too high
Too far
Too soon
You saw the whole of the moon!

I was grounded
While you filled the skies
I was dumbfounded by truths
You cut through lies
I saw the rain-dirty valley
You saw brigadoon
I saw the crescent
You saw the whole of the moon!

I spoke about wings
You just flew
I wondered, I guessed, and I tried
You just knew
I sighed
But you swooned
I saw the crescent
You saw the whole of the moon!
The whole of the moon!

With a torch in your pocket
And the wind at your heels
You climbed on the ladder
And you know how it feels
To reach too high
Too far
Too soon
You saw the whole of the moon!
The whole of the moon!

Unicorns and cannonballs,
Palaces and piers,
Trumpets, towers, and tenemets,
Wide oceans full of tears,
Flag, rags, ferry boats,
Scimitars and scarves,
Every precious dream and vision
Underneath the stars

You climbed on the ladder
With the wind in your sails
You came like a comet
Blazing your trail
Too high
Too far
Too soon
You saw the whole of the moon


(Waterboys, The Whole of The Moon)

24 setembro 2004

Resposta ao Nuno - O baptismo...

O meu baptismo de voo foi uma sensação óptima. Confesso que antes de embarcar (porque não se diz envionar ou mesmo envoar? afinal trata-se de um avião e não de um barco...) um nervoso miudinho percorria-me de alto a baixo. Na sala de espera - após o check in - o nervoso miudinho começou a desaparecer para apenas se voltar a manifestar quando o avião começou a movimentar-se na pista. Nessa altura, ao sentir-me prestes a voar, o nervoso miudinho manifestou-se. Quando o avião se coloca em pista e acelera ao máximo os motores, um misto de nervoso e adrenalina tomou conta de mim. Quando começa a galopar sobre a pista e inicia a descolagem, olho pela janela e vejo Lisboa a ficar pequena (que imagem linda!) o aperto no estômago desapareceu. Estava a voar. Acontecesse o que quer que fosse, eu não poderia fazer absolutamente nada, por isso... só me restava relaxar. O que fiz prontamente. Passado um pouco, quando atingimos a velocidade e a altura de cruzeiro, serviram-nos uma ligeira refeição de bacalhau com natas, salada, pão, bebida, sobremesa e café (às 11 da manhã). Quem me conhece, sabe que comer é um dos meus prazeres (seja a que horas for)... e nessas aluras... ter medo de quê? O resto do (curto) voo, passou rapidamente e sem sobressaltos, a não ser uma ligeiríssima turbulência (no voo de volta apanhámos muita mais, o que levou as hospedeiras a fazerem uma autêntica gincana com os tabuleiros).
A aterragem em Monastir decorreu dentro da normalidade e não fosse a forte desaceleração quase que nem se tinha notado (de tão suave que foi). Foi uma experiência muito agradável e, como se costuma dizer, agora que provei não vou querer outra coisa!

A minha primeira lança em África... (4)

Dia 4

Port El Kantaoui

Na primeira paragem do dia, o destino foi Port El Kantaoui. Como disse a nossa guia no dia em que chegámos, é a Vilamoura lá do sítio. Nada mais tem que uma marina, algumas lojas e muitas casas de luxo. De qualquer maneira é um local refrescante, à beira mar, para se passar alguns minutos quando a temperatura se eleva acima dos 30 graus. Foi aqui que bebemos o primeiro café expresso (que merecia de facto o nome) em terras tunisinas e onde começámos a travar amizade com outro casal de portugueses: o Alf e a Vera.

[voltei a ver camisolas da selecção nacional e novamente do Cristiano Ronaldo]


Sousse

Paragem no centro de Sousse. Tempo livre para fazer o que quisessemos. Nós optámos por dar uma volta pelo centro e visitarmos a mesquita, juntamente com o Alf e Vera. Para fotografarmos na mesquita, lá tivemos de pagar o "Direito de Foto" e as meninas (para entrarem) tiveram de se cobrir com um cobertor, por terem os ombros à mostra... [isto com um calor do caraças]. Como éramos os únicos 4 que estávamos na mesquita, pudemos ver tudo com calma, conversar com o porteiro ou zelador (quem nos vendeu os bilhetes) e aprender um pouco do Islão e dos seus costumes.

Depois do centro, seguimos viagem até ao mercado de Sousse. Isto sim, nada tem a ver com o comércio das medinas, a não ser o preço - que também aqui é regateado. Chegámos inclusivé a ver uma local a regatear especiarias. Convenhamos que regatear todos os dias ou sempre que se quer comprar alguma coisa, é chato!
Tem o aspecto de uma feira (internacional) de Carcavelos ou de uma feira do Relógio. Vende-se de tudo. Desde artesanato, roupa e bens essenciais, a móveis e especiarias, de artigos electrónicos a animais. Mais compras... portanto.

[a Tunísia tem uma indústria de contrafacção em franca expansão, desde Louis Vuitton a Lacoste, Nike, etc, etc]

Monastir

Almoçámos na marina de Monastir, onde a abadessa partilhou o seu almoço - uma parte dele - com um simpático e anafado gato.

[vimos imensos gatos na Tunísia, mas apenas 2 ou 3 cães]

A seguir ao almoço fomos visitar o ribat de Monastir. Entre subidas e descidas, fotos (com o "Direito de Foto" é claro) passámos uma boa parte da tarde. Dali, foi só atravessar a rua e dirigirmo-nos ao majestoso mausoléu do 1º presidente da Tunísia - após o período do "protectorado" francês - Habib Bourguiba. Este presidente foi o responsável pela emancipação da mulher na Tunísia, determinou o fim da poligamia e instituiu a educação gratuita (e obrigatória). A estrutura abarca não só a sepultura de Bourguiba, mas ainda a das suas duas esposas, pais e sogros.

De regresso ao hotel, o guia resolveu parar - fora do programa - numa fábrica de peles, onde fomos presenteados com uma passagem de modelos e com um cházinho de menta.

[deu-se mal... ninguém comprou nada]

À noite, já no hotel e após um serão à conversa com o Alf e a Vera, num café perto do hotel - a beber café e a fumar uma chicha, resolvemos terminar a noite na Golum Disco (escrito mesmo assim, apenas com um "l"), ou seja a discoteca do hotel. De repente, parecia que o John Travolta e a Olivia Newton-John iriam aparecer a qualquer momento. Mergulhámos nos loucos anos setenta. Alguns hóspedes dançavam... ou encenavam a coreografia de "Thriller", abanando-se para um lado e para o outro... [eu esperava ansiosamente que caísse um braço].

23 setembro 2004

(...)

Devo confessar, que não tenho ligado muito à actualidade portuguesa e internacional. Uma das coisas boas que as férias trouxeram foi um total desprendimento dos meios de comunicação social.

Abro contudo um parêntesis para a notícia avançada por alguns meios de comunicação social, na qual se avança com a forte suspeita de uma mãe (que me perdoem as mães, porque este energúmeno ser desumano não merece esse nobre nome) ter encenado a fuga ou rapto da própria filha para esconder o assassinato da mesma, perpetrado por ela própria.

A ser verdade esta notícia, não consigo exprimir através da língua portuguesa o que me passa pela cabeça. Não consigo sequer classificar tal ser... capaz de tal crudelíssimo e horribilíssimo acto.
Simplesmente não consigo...

A minha primeira lança em África... (3)

Dia 3
4 de Setembro

Levantámo-nos cedo para ir à primeira excursão, cujos destinos foram Cartago, Sidi Bou Said e Tunis (com visita ao Museu do Bardo).

Cartago

Entrar em Cartago foi uma sensação única. Percorrer as ruínas das Termas de Antonino foi regredir alguns séculos por momentos...

[Ao lado das termas, fica o palácio presidencial, na direcção do qual é proibido fotografar - assim como na direcção de muitos outros edifícios públicos]


Sidi Bou Said

De volta ao caminho, desta feita o destino era Sidi Bou Said - logo ali ao lado. Confesso que fiquei extremamente desiludido pelo ambiente que encontrámos - um enorme mar de gente. Entrámos e vimos uma casa típica de Sidi Bou Said - um excelente negócio para os donos da casa, onde nos foi servido um cházinho de menta. Do terraço da casa a vista sobre Sidi Bou Said é espectacular, mas o grupo de portugueses - como sempre - resolveu subir todo ao mesmo tempo e ficou a acotovelar-se durante um bom bocado em vez de ver a vista. Nós, optámos por não subir à parte mais alta e contemplar a vista do local onde estávamos (sossegados).

[Uma das minhas vontades era assistir ao pôr do sol no Café de Nattes bebendo um saboroso chá de menta - o que foi impossível SÓ pelo simples facto de a vila estar a abarrotar de excursões e turistas, além de serem APENAS 11 horas da manhã]

Conseguimos entrar no Café de Nattes, apenas para saborear um cházinho e dedicámos o restante tempo a ver um pouco do artesanato ao longo da rua principal. A abadessa fez o seu primeiro regateio - pequena nuance da qual passou a gostar - e conseguiu comprar uma pulseira de prata (pelo menos uma liga de prata) por 10 dinares, após lhe terem pedido 80.

No largo onde ficam os autocarros de turismo, várias bancas e vendedores tentavam também a sua sorte. Numa das bancas, estava o equipamento da selecção portuguesa com a camisola 17... do Cristiano Ronaldo.


Museu do Bardo e Tunis

Depois do almoço (péssimo, comparado com o do hotel) algures entre Sidi Bou Said e Tunis, fomos visitar o Museu do Bardo. Confesso que gostei muito do Museu do Bardo. Tem a maior colecção do mundo de azulejos romanos e tem ainda uma colecção de estatuária deveras impressionante. Só lamento o pouco tempo que tivemos, porque gostaria de ver tudo com mais atenção. Optámos por fazer a visita (como em quase todos os outros casos) por conta própria, sem guia e sem um mar de gente atrás. O museu, instalado no antigo Palácio Bardo - residência oficial dos reis hussitas, impressiona não só pelas exposições que tem a cargo, como também pela sua magnífica arquitectura.

[Aqui aconteceu um episódio curioso. Um dos guardas do museu, ofereceu-se para nos tirar uma foto em frente a um grande painel de azulejos. Após tirar a foto, cravou-me um dinar para um café...]

Em Tunis, visitámos apenas a medina - a maior do país. Desta feita, foi visita por conta própria para todo o grupo. No entanto, o guia alertou-nos para não nos desviarmos da rua principal. Deveríamos ir até ao fim da rua e voltar pelo mesmo caminho, para não corrermos o risco de nos perdermos.

[Depois da má experiência na medina de Hammamet, confesso que estava de pé atrás em tentar esta, ainda mais sendo a maior do país e em grande parte coberta]

Percorremos a rua principal e fomos (ao longo desse caminho) abordados por vendedores, de um lado e de outro da rua. Entre o ir e voltar, francês e espanhol arranhado, lá se compraram algumas lembranças.

[É incrível como os vendedores sabem um pouco de cada língua e conhecem pelo menos 2 ou 3 ícones dos mais diversos países. De Portugal, as estrelas são o Luís Figo, o Nuno Gomes e até a Maria José Rita Ritta]

Como ainda tínhamos tempo, resolvemos parar para descansar e trocámos um beijo, logo saudado por dois jovens tunisinos que passavam - parece que para eles não são permitidas certas demonstrações (públicas) de carinho.

Fomos fazer tempo até um café, perto do local onde o autocarro nos esperaria e aproveitámos para nos refrescar com uma coca-cola tunisina numa esplanada onde os únicos tunisinos eram o empregado e o dono do estaminé.

De volta ao hotel, à noite fomos até a uma pizzaria (mais uma) próxima beber um café. Aceitável. Já tinha um pouco de espuma!

A minha primeira lança em África...(2)

Dia 2
3 de Setembro

Resolvemos ir à praia. Tomámos um óptimo pequeno almoço, onde reinavam croissants, brioches e paezinhos de leite (acabados de fazer), ovos mexidos, bacon, salsichas, leite, café, iogurte natural, etc...
Optei por comer uns croissants, leite e iogurte natural - tudo óptimamente bem confeccionado.
Depois do estômago (bem) composto, atravessámos a rua e fomos até à praia. Entrar na água (morna) não foi o suplício que costuma ser em águas atlânticas. A temperatura morna, quase quente da mesma, era um convite a mergulhos e a brincadeiras. Pena que a limpeza das praias (água e areia) não seja ainda proporcional à temperatura da água. Garrafas, papéis, cigarros, de tudo um pouco se encontra.
Após um duche retemperador e um farto almoço, fomos até Hammamet. Pedimos ao taxista (que conduziu como louco) para nos levar até à medina (parte mais antiga da cidade) de Hammamet. Passeámos pelo ribat (fortaleza) da cidade, vimos a praia e fizemos uma pequena incursão pela medina - onde fomos abordados por 1001 vendedores que nos barravam o caminho a tentar vender-nos tudo e mais alguma coisa. Optámos por sair dali e dirigimo-nos até uma pizzaria (existem aos milhares) para bebermos um (péssimo) café expresso...

[no hotel o café é de saco]

Entrámos numa loja fora da medina, onde regateei um lindíssimo tapete de Hammamet. Inicialmente pediu-me 140 Dinares, mas consegui baixar o preço até aos 55 Dinares (uns dias depois percebi que ainda poderia ter regateado um preço bastante mais baixo).

[de salientar que apesar de termos sido alertados para esse facto, os taxistas que nos transportaram não nos tentaram enganar]

De volta ao hotel, resolvemos ir experimentar uma das piscinas. Só vos posso dizer que tinha frio sempre que saia da piscina, tal é a temperatura da água. Parecia um enorme caldo.
O dia decorreu normalmente, entre água, sol, comida e bebida. Férias, são férias!

Nota: no ribat foi-me apresentado o "Direito de Foto". Esta pequena taxa - 1 Dinar - permite-nos fotografar o local (sem restrições). Ao longo da estadia, convivi mais vezes com este direito, sempre que entrava numa mesquita, ribat , museu ou qualquer lugar turístico com a máquina fotográfica em punho.

22 setembro 2004

A minha primeira lança em África...

Dia 1
2 de Setembro

A primeira impressão "tunisina" foi uma sensação de aperto... uma falta de ar provocada pelo choque de temperatura. Assim que a porta do avião se abriu e começámos a sair, a elevada temperatura que se fazia sentir acolheu-nos para nao mais se separar de nós (ao fim de alguns dias já nos tínhamos habituado).

No Aeroporto Internacional de Monastir - Habib Bourguiba, estavam à nossa espera vários autocarros para nos levarem aos nossos destinos. Pelo caminho de Monastir a Hammamet, deu para ver um pouco do país e da sua paisagem, onde as oliveiras reinam em todo o esplendor - não fosse a Tunísia um dos maiores exportadores de azeite e derivados.

[Constata-se facilmente que a Tunísia é um país pobre, daqueles apelidados de "em vias de desenvolvimento"... Constata-se também que todos se unem no esforço desse desenvolvimento]

Chegados a Hammamet, ficámos a cerca de 6 km do centro da cidade, na denominada zona turística, onde estão situados os hotéis. O nosso, o Le Predsident, apesar de ser apenas 3 estrelas, tem uma qualidade que faria inveja a muitos de 4 ou 5 estrelas. O pessoal é extremamente simpático, os diversos serviços são de muito boa qualidade (a alimentação é excelente), a equipa de animação trabalha durante todo o dia e até cerca das 24 horas para manter animados os hóspedes do hotel. Desde hidroginástica, jogos colectivos como o futebol ou pólo aquático, step, concursos de adivinhas, etc... de tudo há um pouco.

O primeiro dia - o da chegada - apenas deu para conhecer um pouco do hotel e das redondezas. Deu para ver como os tunisinos tratam muito bem os estrangeiros, como a simpatia é reinante e como eles são um povo culto e que se esforça por aprender e conhecer novas culturas. Deu ainda para perceber que o Islão, nada tem a ver com fundamentalismos. À noite dedicámos especial atenção aos cocktails do hotel. Digamos que os "Le President" são óptimos, e que apesar de cada empregado os fazer à sua maneira, acabam por saber sempre ao mesmo.

[A lua tunisina é muito bonita... não parece a mesma que espreita Portugal]

20 setembro 2004


Especiarias no mercado de Sousse Posted by Hello

Termas de Antonino Posted by Hello

De volta ao trabalho

E após 5 semanas, eis-me de volta ao trabalho. As impressões das férias ficam para mais tarde, quando finalmente conseguir retomar o ritmo. Tenho ainda muito que me actualizar (tenho a mailbox cheia de mails de trabalho) e tenho ainda muito para ler (relativo à blogoesfera).
Só posso adiantar que adorei conhecer a Tunísia e voltei a adorar passar férias em Porto Côvo.
As fotos, as impressões, os relatos da abadessa, serão publicados brevemente.

15 setembro 2004

96@mail

Raios partam as ferias com televisao no quarto! Ja estou farto das novelas da SIC. Blargh!!!

02 setembro 2004

96@mail

Humm... bar aberto e rodizio todos os dias... Eu era capaz de me habituar ;)

96@mail

Chegamos. Um calor abrasador  nossa espera. Boas primeiras impressoes.

01 setembro 2004

Yupi!!!

E eis que já se passaram duas semanas de férias... tenho aproveitado para colocar diversos assuntos em dia, descansar o bastante e ver os filmes que tenho em atraso. Tenho andado um pouco arredado da Internet e do computador, vendo apenas a informação do dia e pouco mais. Pois bem, as férias, na verdadeira acepção da palavra, irão começar amanhã (e devo confessar que já estou excitadíssimo com tal facto).
Vou ter o meu baptismo de voo. Apesar do receio (inicial), fico contente por já terem descoberto que as pastilhas elásticas são muito mais fiáveis que a cera (para segurar as asas). Depois, se tudo correr bem, espera-me (acompanhado pela abadessa, claro está) uma semana de praia, circuitos turísticos e muitas, muitas ruínas históricas para ver. Pelo meio, algumas chatices a regatear preços (não há pachorra), uma viagem - planeada - de comboio até El Jem para ver o coliseu romano, beber um chazinho no Café de Nates e assistir da esplanada ao pôr do sol, subir as muralhas do Kasbah em Hammamet, visitar Nabeul e Kairouan, Cartago e Sidi Bou Said, fumar um cachimbo de água, etc, etc...
Não deverei poder fazer como o Cidadão - postando de vez em quando de um cyber, mas tentarei publicar pequenos textos via telemóvel, para mais tarde se preencherem com o diário de bordo que a abadessa vai escrever (eu estarei ocupado a fotografar ou a regatear) :)
Quando chegarmos da Tunísia, apenas estaremos por aqui umas horitas, pois seguiremos no mesmo dia para Porto Côvo (vamos roer a falésia da laranja, comer um pessegueiro numa ilha, comer um sargo assado no mar... ou qualquer coisa assim).
Sendo assim, e porque férias são férias... fiquem bem. Até ao fim de Setembro.