23 maio 2006

15ª Maratona Fotográfica de Lisboa

O ponto de partida, foi no Campo Grande, sendo que a aglomeração de pessoas, cedo se fez sentir.

Às 20 horas, abriram os postos de controlo e após a verificação das incrições e a oferta de uma t-shirt alusiva à maratona, foram dados os primeiros 4 temas, juntamente com a localização do 2º posto (Largo das Portas do Sol).

Os 4 primeiros temas foram: Olhó Passarinho, Cara ou Coroa, Traz outro amigo também e Ruas.

Começámos por ali mesmo (no Campo Grande, Av EStados Unidos da américa e Av de Roma) a tirar as fotos e a imaginar o que se enquadraria nos temas propostos. Após as 4 primeiras fotos, dirigimo-nos para o 2º posto de controlo (23/01 hora), subindo pela até ao Largo das Portas do Sol, onde podemos admirar a vaca da Fundação Ricardo Espírito Santo e depois de irmos carimbar a presença no posto de controlo e receber os 4 proximos temas, fomos comer qualquer coisita na Cerca Moura.

O 2º conjunto de temas foram: Rubor, Esboços, Sobe e Desce e Rebeldes.

Juntamente com os temas, recebemos a localização do próximo posto, situado no museu da Carris, próximo do Centro de Congressos (03/05 horas). Entretanto, entrámos em contacto com um casal amigo e visto que tínhamos muito tempo até ao próximo posto, fomos beber uma caipirinha e ter dois dedos de conversa com um dos nomes mais conhecidos da musica cabo-verdiana, o simpatiquíssimo e humilde Tito Paris (de quem a Sónia á fã e do qual eu passei a ser). Obrigado Fernando e Cris, por esta maravilhosa experiência.
Após este pedaço de tempo muito bem passado, dirigimo-nos ao 3º posto de controlo - no museu da Carris - onde nos esperavam além dos temas e a localização do 4º posto (Praça de Espanha - 07/09 horas), várias mesas com comida que muito bem nos soube.

No 3º posto os temas dados foram: Agarra a madrugada, Volúpia, Memórias e Um eléctrico chamado desejo.

Dirigimo-nos para a zona norte da cidade (Expo) para agarrar a madrugada por lá, filtrada pelos pilares da ponte Vasco da Gama.
Quando nasceu o sol e após termos feito a foto que pretendíamos fomos para o 4ª posto de controlo, na Praça de Espanha. Aí recebemos mais 4 temas e a localização do próximo posto (Quinta Pedagógica nos Olivais).

No 4º posto os temas dados foram: O mundo ao contrário, Sensual, Lisboa Colorida e Subversivo.

Fomos para Belém fazer estes 4 temas e depois dirigimo-nos para os Olivais para o 5º posto. Aí, a organização tinha preparado uma merenda e comemos mais uma vez qualquer coisa para recuperar as forças. Aproveitamos para dar uma volta pela quinta e admirar os animais. Após carimbarmos a nossa presença no posto, recebemos os próximos 4 temas e a localização do 6º posto, desta vez em Benfica, no Palácio Beau-Séjour.

No 5º posto os temas dados foram: Evasão, Esperteza Saloia, A formiga no Carreiro e Esquece tudo o que te disse.

Andámos por Lisboa, Marquês De Pombal, Rato, S. Bento e fizemos os 4 temas. Como ainda era cedo, aproveitámos para ir a casa tomar um duche e refrescarmo-nos um pouco, antes de nos dirigirmos para Benfica e para o 6º posto.

Após nos termos refrescado, continuamos a nossa missão e fomos para Benfica levantar os ultimos temas e a localização do ultimo posto - Praça da Figueira.

No 6º posto os temas dados foram: Espelho Mágico, Busólico, A cereja no topo do bolo e Amanhã é outro dia.

Desta vez fizemos logo um dos temas ali, outro na Pontinha, um no Martim Moniz e o ultimo no Castelo de São Jorge (onde tive de pagar para entrar! CHULOS!). Terminou por fim esta longa maratona, e após termos descarregado as fotografias fomos jantar e... cama! Que suave e acolhedora me pareceu a cama naquela noite.

22 maio 2006

Ainda o "Código" - Dúvidas de uma ateia

Se Buda era casado...
Se Maomé era casado...
Se a maioria dos senhores barbudos que aparecem na Bíblia eram casados...
Se Maria, mãe de Jesus, era casada...

Então porque é que Jesus não pode ter sido casado?

Se comia,
Se dormia,
Se ria,
Se bebia,
Se, no fim, teve medo e insegurança...

Porque é que não pode ter sentido amor, desejo e prazer?

Por mim, as teorias enunciadas no "Código" não me fazem qualquer confusão e até me agradam. Só não consigo perceber a celeuma e a novidade à volta da obra, porque fui criada com um avô que sempre me ensinou que Jesus tinha sido casado com Maria Madalena, teve filhos e foi um homem diferente dos da sua época, um filósofo, um político, alguém que questionou o mundo onde viveu e, por isso mesmo, ficou para a História, mas, mesmo assim, um homem.

Mas não liguem. Estas são as dúvidas de uma ateia, que acredita que existe um deus em cada um de nós.

Os portugueses de Lisboa e os outros todos

Este Sábado fui até ao Castelo de São Jorge, lugar onde já não ía há muito tempo. Ao chegar percebi que o Castelo agora é pago, mas não para todos: os portugueses residentes em Lisboa estão isentos de pagamento. Ora, habitualmente até costumo concordar com as borlas e com os descontos nos monumentos e museus para professores, estudantes, idosos e crianças, etc., mas, neste caso, fiquei furiosa e, apesar de o meu B.I. atestar que sou residente em Lisboa, resolvi apresentar uma reclamação e deixar aqui o meu protesto.

Num país que, neste momento, já respira futebol por todos os poros e chama pessoas de Norte a Sul para fazer uma bandeira humana. Um país que condena - e muito bem, a meu ver - os provincianismos bacôcos que de vez em quando tomam conta de algumas pessoas. Este mesmo país faz distinção entre portugueses residentes em Lisboa e todos os outros para entrar num espaço que é monumento nacional e que, para mais, sempre foi gratuito...

A desculpa que me deram foi a contribuição autárquica. E eu pergunto: e os milhares de residentes em Lisboa que não pagam a dita? E os estrangeiros? É por terem mais dinheiro do que nós (hipoteticamente) que devem ser explorados? Sim senhor, bom exemplo este que a Câmara Municipal de Lisboa nos dá. E, ao que parece, não está sozinha pois a autarquia de Sintra já seguiu o exemplo, ou seja, também existem os portugueses residentes em Sintra e os outros todos.

Para cúmulo, a entrada está adornada com uns "obliteradores" e umas passagens metálicas parecidas com as do metro que fazem um lindo "pendant" com as janelas de alumínio, portas envidraçadas e estruturas acrílicas que se podem encontrar um pouco por todo o recinto do castelo, com especial incidência na casa da alcáçova, onde tem lugar uma exposição duvidosa de desenho e pintura que pretende ser sobre Lisboa, mas na verdade é mais sobre os traumas e fantasmas de uma qualquer artista plástica (o nome, tal como a obra, não me ficaram na memória) - certamente nascida na cidade...

No meio, e à laia de recheio, os portugueses continuam a fazer piadas sobre o castelo e o terramoto. Tenho a certeza que o ministro Duarte Pacheco, o homem que deu a Lisboa a sua coroa, já em pleno século XX, dá voltas no túmulo pelo mérito que ninguém lhe atribui.

19 maio 2006

O Heroi do Dia

A distinção hoje vai para o actor Ian McKellen, mais conhecido da maioria como Gandalf, the Grey. O actor britânico que faz parte do elenco de "O Código da Vinci", diz defender absolutamente as teorias enunciadas no livro e afirma que os cristãos deveriam ficar satisfeitos e aliviados com a teoria de que Jesus era casado porque isso prova que não era homossexual...

Ora, ou Ian McKellen - que é assumidamente homossexual - é muito ingénuo, ou então tem um sentido de humor brilhante. Se a primeira hipótese for a verdadeira, então tenho de o convidar a vir dar uns passeios comigo. Primeiro, pela noite lisboeta de 6ª feira, ali para os lados do Príncipe Real e numa incursão mais discreta pelas zonas mais ao redor da Alameda da Universidade. Depois, na tarde de Sábado, até Belém ou ao Parque das Nações para poder ver como a sua teoria cai por terra e fica espapassada pelas rodas dos carrinhos de bébé que os diligentes papás empurram tarde fora com algum esforço, depois de, na véspera, se terem pavoneado pelos "hot spots" gay da cidade...

Pessoalmente, prefiro a segunda opção, ainda para mais sendo Ian McKellen britânico...

18 maio 2006

A Vaca

Segundo uma notícia no Correio da Manhã, desapareceu uma das vacas do evento Cowparade, mais concretamente a vaca que se encontrava exposta no Campo Pequeno.

É incrível... só mesmo aqui é que acontecem estas coisas! Secalhar é melhor colocarem sinalizadores GPS nos animais ;) não vá o ladrão tecê-las...

Maratona Fotográfica

Amanhã vou participar na 15ª Maratona Fotográfica e 2ª Maratona Digital de Lisboa. Pelo menos estou inscrito ;-) !


Vão ser 24 horas de fotografia, das 8 da noite de sexta às 8 da noite de sábado - isto após o dia de sexta a trabalhar...

Vão também alguns colegas de trabalho, que por sua vez levam amigos, e conhecem outros participantes... pelo que a noite e o dia prometem brincadeiras, alegria, e muitas, muitas fotografias.

Depois, eu conto como foi (quando acordar... lá para o final de Junho).

16 maio 2006

Nasceu...

Resolvi criar outro blog, dedicado exclusivamente à fotografia. Andarei por aqui e por , consoante o tema e o tempo.

12 maio 2006

O heroi do dia

O heroi do dia de hoje é, sem dúvida o senhor Papa Bento XVI, pela sua indiscutível lucidez e humanidade ao repudiar, uma vez mais, as relações homossexuais.

É exactamente disto que o mundo precisa hoje em dia: um bocadinho mais de intolerância.

03 maio 2006

Deixem o homem sair !!!

Anda toda a gente em balbúrdia com a possibilidade do RK (Ronald Koeman) sair do Benfica... eu consigo perceber isso se forem adeptos do Sporting ou do Porto... porque de resto não compreendo. Deixem lá o homem sair (e depressa) para onde ele quiser ir. O melhor plantel do Benfica destes últimos anos, não ganhou absolutamente nada! E apesar de ter estado com um pézinho nas meias-finais da Taça dos Campeões isso não compensou os dois pés fora da Superliga e da Taça de Portugal (ainda se tivesse ganho a Taça dos Campeões...).
Deixem lá sair o homem e ele que leve o Laurent Robert (ganhar 40 mil contos para não fazer nada.. imaginem se o homem começa a fazer alguma coisa... leva o Benfica à falência), Marcel e Marco Ferreira.
Fala-se da contratação do Robert Pires para o ano... meu deus... por muito bom que o Robert Pires seja não está a ficar mais novo! Já temos o Karagounis! Se vem o Robert Pires, têm que ir também buscar o Rui Costa, convidar o Eusébio e o Humberto Coelho e passamos a jogar com as velhas glórias todos os fins de semana.

Let's look at the trailer

Tenho aproveitado estes últimos tempos - no pouco tempo que me resta entre trabalho e mais trabalho - para ir ao cinema. Eu e a abadessa aderimos ao King Card e como tal, temos aproveitado - e bem! - o cartãozinho mágico para ver as mais recentes produções cinematográficas. Destes últimos filmes, aconcelho um, o "V de Vingança". Tem um excelente argumento (dos irmãos Wachowski) e a história desenrola-se num futuro não muito distante em que o Reino Unido vive sob uma ditadura totalitária. A luta de um homem e dos seus ideais contra esta ditadura - e o crescente apoio da socieadade em que ele se insere - é o pano de fundo. Uma frase fica, pairando no ar... "People should not be afraid of their governments. Governments should be afraid of their people."


Outros filmes a ver:
A idade do Gelo 2
Infiltrado
Os Produtores (para quem gosta de Musicais)
Scary Movie 4
Lisboetas (documentário sobre a realidade que por vezes fingimos não ver, de algumas comunidades de imigrantes)

Se não tiver nada melhor para fazer:
Basic Instint 2
Como despachar um encalhado

A Evitar:
Hostel
Lie With Me

02 maio 2006

Dar sangue é dar vida?

Sou dadora de sangue há vários anos e tenho o maior orgulho nisso. Não deveria, eu sei, até porque o orgulho é um pecado mortal e eu prezo muito a minha vida (a propósito, cometer um pecado mortal leva-nos à morte? E morremos só depois de cometer os sete? E têm de ser seguidos ou podem ser interpolados? Há uma ordem específica, tipo guião, ou tanto faz? É que se me disserem que a única pena é ir para o inferno e que cometer os ditos pecados mortais não apressa (pelo menos directamente) a morte, então eu não me importo nada e posso continuar a enfiar a cara em bolas de Berlim, a ter sexo e a praguejar como uma danada, porque mais cedo ou mais tarde irei ter com gente bonita e interessante como Hitler, Mussolini, o Estrangulador de Boston, Charles Manson e George W. Bush. Bom, eu conto morrer depois dele, mas nunca se sabe...). Mas adiante, que a questão é séria embora mais pareça comédia.

Um destes dias, fui ao Instituto Português de Sangue para fazer mais uma dádiva e sou confrontada com as novas regras da casa. Dadores que receberam transfusões de sangue após 1980 não podem dar sangue até que façam novas análises, ainda em fase de estudo. Ao que parece, isto tem toda a razão de ser e eu não discuto regras que tenham como objectivo proteger a saúde pública. Claro que não deixo de me perguntar por onde andará todo o sangue que já dei ao longo dos anos e que, pelos vistos, poderá estar contaminadíssimo...

O que me deixou furiosa e à beira de cometer mais um pecado mortal, foi a atitude da médica que me consultou, que me disse, quanto às novas análises, que eu poderia "esperar sentada" porque estas iríam demorar muito tempo e que, quando eu comentei que esta mudança de regras iria provocar um decréscimo significativo de dadores me respondeu "Significativo não direi. Há sempre maneiras de compensar.". Depois encolheu os ombros e foi ter com o filho à sala de espera, onde assistiu interessadíssima a mais uma reportagem sobre o enterro do Francisco Adam.

E pronto. Calei-me, como se costuma dizer, enfiei a minha viola no saco e fui-me embora atónita. Mas não posso deixar de pensar então para quê tantas campanhas, tantos apelos, se não faz assim tanta diferença?

Nunca me considerei uma super-pessoa por dar sangue, apenas achava que estava a fazer a minha pequena parte, a contribuir um bocadinho para tornar o mundo um sítio melhor e, afinal de contas, dizem-me que não era bem assim e que a perda não será grande. No mínimo é frustrante. Não é o tipo de coisa que um profissional de saúde responsável deva dizer. Confesso que fiquei sem a menor vontade de fazer as tais análises, quando e se algum dia me chamarem. Até lá, fico sentada a assistir à anedota que às vezes é Portugal.