Serviço público
Muito se tem falado ultimamente sobre serviço público em televisão. Mas a definição deste conceito não tem mostrado ser tarefa fácil. Assim, e numa tentativa para clarificar tal obscuro conceito, a SIC decidiu que o programa "SIC 10 Horas" passará a ser "legendado" em línguagem gestual.
Parece-me muito bem, mas porquê especificamente o "SIC 10 Horas"? Pelo que vi nestes dias de férias, o programa tem pouco interesse, para dizer o mínimo. A Fátima Lopes que me desculpe. Gosto dela, parece-me genuinamente boa pessoa e boa profissional (aliás, deve ser mesmo, porque tanto quanto sei, nós duas namorámos a mesma pessoa - em épocas diferentes, entenda-se - e se ela conseguiu suportá-lo por mais de 24 horas, então deve ser sem dúvida uma excelente pessoa!), mas onde reside o interesse público das previsões da astróloga, taróloga e glória da revista à portuguesa Maya? Então e os telejornais? Não serão programas de interesse público?Não deveriam ser esses justamente os primeiros a ser apresentados também em linguagem gestual?
Outro contributo interessante para a noção de serviço público da SIC é o "Magazine Cultural" que passa durante a semana, à uma e meia da manhã...isto sem contar com os habituais atrasos e alterações de programação. Será que os peritos que fazem a programação da SIC consideram que é a esta hora que as pessoas estão mais propensas à cultura?(na mesma linha das televendas, será que existe algum estudo que comprove que às 5 da manhã as pessoas estão mais predispostas a comprar frigideiras para panquecas e aparelhos de ginástica do que a qualquer outra hora do dia?)
O mais estranho é que a SIC anuncia estas duas "inovações" frequente e ruidosamente, como sendo "serviço público de televisão"...E esta, ein?
Parece-me muito bem, mas porquê especificamente o "SIC 10 Horas"? Pelo que vi nestes dias de férias, o programa tem pouco interesse, para dizer o mínimo. A Fátima Lopes que me desculpe. Gosto dela, parece-me genuinamente boa pessoa e boa profissional (aliás, deve ser mesmo, porque tanto quanto sei, nós duas namorámos a mesma pessoa - em épocas diferentes, entenda-se - e se ela conseguiu suportá-lo por mais de 24 horas, então deve ser sem dúvida uma excelente pessoa!), mas onde reside o interesse público das previsões da astróloga, taróloga e glória da revista à portuguesa Maya? Então e os telejornais? Não serão programas de interesse público?Não deveriam ser esses justamente os primeiros a ser apresentados também em linguagem gestual?
Outro contributo interessante para a noção de serviço público da SIC é o "Magazine Cultural" que passa durante a semana, à uma e meia da manhã...isto sem contar com os habituais atrasos e alterações de programação. Será que os peritos que fazem a programação da SIC consideram que é a esta hora que as pessoas estão mais propensas à cultura?(na mesma linha das televendas, será que existe algum estudo que comprove que às 5 da manhã as pessoas estão mais predispostas a comprar frigideiras para panquecas e aparelhos de ginástica do que a qualquer outra hora do dia?)
O mais estranho é que a SIC anuncia estas duas "inovações" frequente e ruidosamente, como sendo "serviço público de televisão"...E esta, ein?
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