20 outubro 2003

"Até ao fim do mundo"
(inscrição no túmulo de D. Pedro I)

Eça de Queiróz dizia que, à excepção de Almeida Garrett, Portugal não era um país de dramaturgos porque éramos um povo sem espírito teatral. Em larga medida, isto continua a ser verdade. Consumimos pouco teatro, quer como espectadores, quer como leitores.

Assim, e me permitem, gostaria de deixar uma sugestão. "Pedro, o Cru" de António Patrício. Já conhecia algumas partes, ontem fiquei a conhecer o todo. É das coisas mais bonitas que alguma vez li. Intenso, sólido, romântico, real, apaixonado e cheio de vida. Escrever sobre a morte não é fácil. Dar-lhe vida, é obra de mestre.

Li a peça de um fôlego. Nunca tinha lido nada assim. Mais uma vez, muito obrigada professor José de Oliveira Barata!