Grandes Dúvidas I
"Mas afinal o que é que lhe fizeram no carro?"
Pergunta feita na 6ª feira passada, no cinema São Jorge, em Lisboa, durante a exibição do filme "Mystic River" de Clint Eastwood que tem como personagem central um homem que foi violentado quando criança. Apesar de o filme não conter cenas explícitas da violação, o personagem refere-se aos abusos de que foi vítima de maneira que não deixa grande margem para dúvidas, sobretudo considerando os tempos conturbados que vivemos.
Se, há meia dúzia de anos, a palavra e o conceito da pedofilia eram desconhecidos da maioria, hoje parece-me incrível que um homem dos seus quarenta e muitos anos, bem vestido, equipado com um telemóvel topo de gama que se recusou a desligar durante toda a sessão e que várias vezes deixou escapar que vivia em Lisboa, em plena Avenida de Roma, possa ter dúvidas sobre o assunto.
Suponho que a expressão que diz que os maiores cegos são os que se recusam a ver se aplica inteiramente a este caso. Infelizmente, há coisas que ainda acontecem só aos "outros" e, como tal, não sendo problema "nosso", podem e devem ser totalmente ignoradas...
Pergunta feita na 6ª feira passada, no cinema São Jorge, em Lisboa, durante a exibição do filme "Mystic River" de Clint Eastwood que tem como personagem central um homem que foi violentado quando criança. Apesar de o filme não conter cenas explícitas da violação, o personagem refere-se aos abusos de que foi vítima de maneira que não deixa grande margem para dúvidas, sobretudo considerando os tempos conturbados que vivemos.
Se, há meia dúzia de anos, a palavra e o conceito da pedofilia eram desconhecidos da maioria, hoje parece-me incrível que um homem dos seus quarenta e muitos anos, bem vestido, equipado com um telemóvel topo de gama que se recusou a desligar durante toda a sessão e que várias vezes deixou escapar que vivia em Lisboa, em plena Avenida de Roma, possa ter dúvidas sobre o assunto.
Suponho que a expressão que diz que os maiores cegos são os que se recusam a ver se aplica inteiramente a este caso. Infelizmente, há coisas que ainda acontecem só aos "outros" e, como tal, não sendo problema "nosso", podem e devem ser totalmente ignoradas...
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