08 agosto 2003

Filhos

Não sei se alguma vez terei algum... espero que sim. Ainda sou novo, ainda tenho tempo. Quero partilhar com vocês este pequeno conjunto de palavras.

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A um filho(a)

Num momento de amor criado,
Num carinho, um momento sentido,
De uma semente pura brotado,
Num ser, por bem renascido.

Germinando as origens pagãs
De um simples pai, um mortal…
Homem simples, sem promessas;
Outrora, um deus virtual.

Mas para ti, meu filho querido,
Tudo há-de haver com fartura,
Por muito que no íntimo seja ferido,
Para ti … terás a minha brandura.

Sejas homem ou mulher…não importa,
Numa história de amor tu cresceste,
Revelando, de murmúrios uma porta
Para uma existência de si, celeste.

Seja qual for o teu sexo, a tua religião,
Nada te imporei excepto o respeito
De quem nutre por ti amor e paixão;
De quem, do rio és o seu leito.

Apenas espero amor e carinho,
Quando algures não poder acompanhar
Tuas incursões no duro caminho
Da vida que irás desbravar.
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