Pressões (Para a Manicha)
Manicha,
Soube que andas de novo às voltas com as tuas dietas. Só me ocorre perguntar para quê? Tu és tão bonita, sempre foste, com esses olhões azuis e esse sorriso fantástico. Ser roliça faz parte de ti, é assim mesmo que és bonita. Não te vou fazer favores porque não precisas. Não é um favor elogiar-te. És gira que te fartas, aqui ou na Conchichina, pronto. Não te estou a ver escanzelada nem acho que os padrões actuais de beleza sejam especialmente interessantes. Ao estudar História apercebemo-nos de como os ideais de beleza mudam através dos tempos (tal como outros ideais, mas isto é outra conversa) e, como a História é cíclica (ou os homens é que são limitados - mas isto também é outra conversa...), os padrões que definem a beleza dos homens e das mulheres tendem a repetir-se de tempos a tempos. Como de costume, os homens estão menos sujeitos a estas grilhetasdo que nós (esta, por outro lado, é sempre a mesma conversa: é esperado que as mulheres agradem aos homens mas estes não devem esforçar-se por agradar a ninguém - apesar da mudança dos tempos e das vontades, este é um "padrão" que vai ficando). Não te deixes prender, não aceites mais pressões do que aquelas das quais não se pode fugir. Eu gosto do meu corpo, apesar de admitir que ele tem muitos quilos a mais segundo os parâmetros da saúde (e muitas "toneladas" a mais segundo os parâmetros da beleza...). Nunca deixei de gostar dele, de o mimar com cremes e perfumes. Afinal, ele não é tudo o que sou, mas é ele quem me transporta para onde quero ir, é ele que me permite ver, cheirar, sentir, provar, abraçar o mundo. Claro que quero que estes quilos se vão embora. Claro que quero voltar a vestir as minhas roupas da Mango. Mas quero antes de mais, voltar a comer bem, corrigir os maus hábitos que fui criando ao longo dos últimos 3 anos. Não quero ficar escanzelada! Quero que o vestido preto que o João me ofereceu continue a colar-se a mim e a mostrar tudo sem mostrar nada (bem, neste momento quero apenas voltar a caber nele - um passo de cada vez! ;)). Mas recuso-me a ceder às pressões. Não quero deixar de ir à praia. Não quero deixar de usar decotes ou roupa justa. Quero ser saudavelmente roliça. E quero acima de tudo ver-te sempre linda!
Madalena
Composição: Ivan Lins, Ronaldo Monteiro de Souza (cantada por Elis Regina)
Oh, Madalena
O meu peito percebeu
Que o mar e' uma gota
Comparado ao pranto meu
Fique certa
Quando o nosso amor desperta
Logo o sol se desespera
E se esconde la na serra
Oh, oh, Madalena
O que é meu nao se divide
Nem tampouco se admite
Quem do nosso amor duvide
Até a lua
Se arrisca num palpite
Que o nosso amor existe
Forte ou fraco
Alegre ou triste
PS - Nada de ciúmes, G., é só uma canção de que me lembro sempre que penso na Manicha :)
Soube que andas de novo às voltas com as tuas dietas. Só me ocorre perguntar para quê? Tu és tão bonita, sempre foste, com esses olhões azuis e esse sorriso fantástico. Ser roliça faz parte de ti, é assim mesmo que és bonita. Não te vou fazer favores porque não precisas. Não é um favor elogiar-te. És gira que te fartas, aqui ou na Conchichina, pronto. Não te estou a ver escanzelada nem acho que os padrões actuais de beleza sejam especialmente interessantes. Ao estudar História apercebemo-nos de como os ideais de beleza mudam através dos tempos (tal como outros ideais, mas isto é outra conversa) e, como a História é cíclica (ou os homens é que são limitados - mas isto também é outra conversa...), os padrões que definem a beleza dos homens e das mulheres tendem a repetir-se de tempos a tempos. Como de costume, os homens estão menos sujeitos a estas grilhetasdo que nós (esta, por outro lado, é sempre a mesma conversa: é esperado que as mulheres agradem aos homens mas estes não devem esforçar-se por agradar a ninguém - apesar da mudança dos tempos e das vontades, este é um "padrão" que vai ficando). Não te deixes prender, não aceites mais pressões do que aquelas das quais não se pode fugir. Eu gosto do meu corpo, apesar de admitir que ele tem muitos quilos a mais segundo os parâmetros da saúde (e muitas "toneladas" a mais segundo os parâmetros da beleza...). Nunca deixei de gostar dele, de o mimar com cremes e perfumes. Afinal, ele não é tudo o que sou, mas é ele quem me transporta para onde quero ir, é ele que me permite ver, cheirar, sentir, provar, abraçar o mundo. Claro que quero que estes quilos se vão embora. Claro que quero voltar a vestir as minhas roupas da Mango. Mas quero antes de mais, voltar a comer bem, corrigir os maus hábitos que fui criando ao longo dos últimos 3 anos. Não quero ficar escanzelada! Quero que o vestido preto que o João me ofereceu continue a colar-se a mim e a mostrar tudo sem mostrar nada (bem, neste momento quero apenas voltar a caber nele - um passo de cada vez! ;)). Mas recuso-me a ceder às pressões. Não quero deixar de ir à praia. Não quero deixar de usar decotes ou roupa justa. Quero ser saudavelmente roliça. E quero acima de tudo ver-te sempre linda!
Madalena
Composição: Ivan Lins, Ronaldo Monteiro de Souza (cantada por Elis Regina)
Oh, Madalena
O meu peito percebeu
Que o mar e' uma gota
Comparado ao pranto meu
Fique certa
Quando o nosso amor desperta
Logo o sol se desespera
E se esconde la na serra
Oh, oh, Madalena
O que é meu nao se divide
Nem tampouco se admite
Quem do nosso amor duvide
Até a lua
Se arrisca num palpite
Que o nosso amor existe
Forte ou fraco
Alegre ou triste
PS - Nada de ciúmes, G., é só uma canção de que me lembro sempre que penso na Manicha :)
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