22 agosto 2003

Nós, povos das Nações Unidas...

"Nós, povos das Nações Unidas, resolvidos a preservar as gerações futuras do flagelo da guerra que, por duas vezes no espaço de uma vida humana, infligiu à Humanidade indizíveis sofrimentos,

a proclamar de novo a nossa fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, assim como das nações, grandes e pequenas,

a criar as condições necessárias para manter a justiça e o respeito pelas obrigações nascidas dos tratados e outras fontes do direito internacional,

a favorecer o progresso social e a instaurar melhores condições de vida numa maior liberdade, e para estes fins,

a praticar a tolerância, a viver em boa paz um com o outro num espírito de boa vizinhança,

a unir as nossas forças para manter a paz e a segurança internacionais, a aceitar princípios e a instituir métodos que garantam que não será feito uso da força das armas, salvo no interesse comum, a recorrer às instituições intermacionais para favorecer o progresso económico e social de todos os povos,

decidimos associar os nossos esforços para realizar estes desígnios.

Em consequência, os nossos governos respectivos, por intermédio dos seus representantes, reunidos na cidade de São Francisco e munidos de plenos poderes, reconhecidos em boa e devida forma, adoptaram a presente Carta das Nações Unidas e estabelecem pela presente uma organização internacional que tomará o nome de Nações Unidas."

(Preâmbulo da Carta das Nações Unidas)

Em memória de Sérgio Vieira de Mello e dos outros funcionários da O.N.U que encontraram a morte na cidade de Bagdade em 20 de Agosto de 2003, enquanto trabalhavam para restituir a paz e a dignidade ao Iraque, após uma guerra à qual a O.N.U. nunca deu o seu apoio, e sem esquecer todos os que morreram antes, durante e depois desta guerra