The Show Must Go On

Farok Bulsara nasceu em Zanzibar, uma ilha próxima à costa leste da África, a 5 de Setembro de 1946. Aos oito anos, Farok foi mandado para a St. Peter Boarding School, uma escola inglesa perto de Bombain, na Índia, onde começou a ser chamado Freddie pelos colegas. Foi também aí que formou sua primeira banda - The Hectics.

Durante os anos seguintes, Freddie voltava à sua ilha natal somente para as férias. Em 1963, no entanto, Zanzibar tornou-se independente e em 1964 estava à beira de uma revolução liderada pelo partido africano. Muitos ingleses e indianos tiveram que abandonar a ilha por razões de segurança, entre eles a família Bulsara, que acabou por se instalar em Feltham, Middlesex, um subúrbio de Londres. Freddie tinha então 17 anos.

Adepto do desporto, foi campeão de tênis de mesa aos dez anos de idade, mas foi a sua paixão pelas artes que o fez decidir entrar para o Ealing College of Art em Setembro de 1966, a fim de seguir um curso de ilustração gráfica.

No Ealing, ele se tornou amigo de Tim Staffell, vocalista e baixista de uma banda chamada Smile, cujos restantes componentes eram Brian May e Roger Taylor. A convivência com a banda Smile fez crescer em Freddie a vontade de fazer parte de um grupo de rock. Ele passou por algumas bandas que tentavam encontrar espaço no cenário musical londrino: Ibex, Sour Milk Sea e Wreckage, mas quando Tim Staffell resolveu sair da banda Smile para formar um novo grupo, Freddie não pensou duas vezes para se unir a Brian e Roger.

Um pouco antes do lançamento do primeiro disco do Queen, ele decidiu mudar seu apelido para Mercury. Ainda em 1970, Freddie conheceu Mary Austin, gerente da boutique Biba no bairro de Kensington. Os dois começaram a namorar no ano seguinte, numa relação que durou até quase o final da década de 70, quando Freddie assumiu sua bissexualidade. Apesar disso, Mary continuou sendo sua melhor amiga e pessoa de confiança.

Embora a maior parte da sua carreira se confunda com a dos Queen, Freddie Mercury também lançou alguns trabalhos solo: os LPs Mr. Bad Guy (1985) e, com a diva Montserrat Caballé, Barcelona (1988), e participou do musical Time, de David Clark. Amante do ballet, chegou a fazer uma apresentação beneficente, dançando Bohemian Rhapsody com o Royal Ballet de Londres, em 1979. Tanto o ballet como a ópera foram elementos fundamentais no desenvolvimento da sua performance, e a verdade é que Freddie nunca deixou de se aperfeiçoar.

Diz o guitarrista Brian May que, mesmo quando Freddie já estava muito doente, "sua voz, miraculosamente, se tornava cada vez melhor". Ao falecer, em 24 de novembro de 1991, devido a complicações pulmonares provenientes da SIDA, o vocalista deixou sua mansão em Kensington e uma boa parte de sua fortuna para Mary Austin. Os pais de Freddie, seu último namorado, Jim Hutton e os assistentes Peter Freestone e Joe Fanelli também foram beneficiários, assim como entidades de apoio a doentes da SIDA.

Por seus amigos e colegas, Freddie é lembrado como um espírito livre, criativo, generoso, cheio de energia, talento e excelente senso de humor. Por nós, ele será sempre lembrado pela soma de todas essas qualidades expressa em música: Bohemian Rhapsody, Love of my Life, We are the Champions, Crazy Little Thing Called Love, Who Wants to Live Forever, Barcelona e muito, muito mais…

Se ainda fosse vivo, Freddie Mercury faria hoje 57 anos e quem sabe se ainda nao estaria à frente de uma das maiores bandas rock das décadas 70/80, os Queen.

The Show Must go on - Queen

"Empty spaces - what are we living for
Abandoned places - I guess we know the score
On and on, does anybody know what we are looking for...
Another hero, another mindless crime
Behind the curtain, in the pantomime
Hold the line, does anybody want to take it anymore
The show must go on,
The show must go on
Inside my heart is breaking
My make-up may be flaking
But my smile still stays on.
Whatever happens, I’ll leave it all to chance
Another heartache, another failed romance
On and on, does anybody know what we are living for?
I guess I’m learning, I must be warmer now
I’ll soon be turning, round the corner now
Outside the dawn is breaking
But inside in the dark I’m aching to be free
The show must go on
The show must go on
Inside my heart is breaking
My make-up may be flaking
But my smile still stays on
My soul is painted like the wings of butterflies
Fairytales of yesterday will grow but never die
I can fly - my friends
The show must go on
The show must go on
I’ll face it with a grin
I’m never giving in
On - with the show -
I’ll top the bill, I’ll overkill
I have to find the will to carry on
On with the -
On with the show -
The show must go on..."
Bryan May, Queen