03 outubro 2003

Finalmente

chegou a sexta-feira.
Este fim de semana vai ser especial. Vou mais uma vez fazer algumas centenas de quilómetros para me dirigir ao norte deste rectângulo à beira mar plantado.
Naquela pequena aldeia, perdida entre montes e vales, vai ter lugar mais uma operação "Vindima". Entre familiares e amigos, espera-se a festa.
De manhã, o levantar cedo torna-se uma obrigação, e de baldes e tesouras, sacos e cestas, boa disposição e o imprescindível garrafão carregados, vamos correndo a vinha à busca dos preciosos cachos.
É cortar, encher o balde, despejar o balde para os cestos, cortar, encher o balde... numa repetição que embala os sentidos. De tarde, esmaga-se as uvas, entra-se no lagar e pisa-se as mais renitentes ao som do acordeão. O mosto fica então a ferver para dar origem ao vinho. Se necessário, no dia seguinte entra-se novamente no lagar para dar mais uma volta, tendo em vista a mais rápida fermentação. Depois das últimas etapas, é então encubado o vinho, ficando a repousar durante alguns dias antes da prova.
Para o ano a festa continua... e há-de continuar ao longo dos anos. Assim o espero.