24 outubro 2003

Ó sô Tasqueiro, fáxavor!

Venho por este meio protestar com o Tasqueiro aqui do lado (a propósito, se nunca foram à Tasca da Cultura, não sabem o que estão a perder), mais concretamente com a "rubrica" "Desabafe com".

Pois chego eu à dita Tasca, com o coração revoltado e a alma em fúria por ter uma nota pendurada há quase dois meses e eis que decido desabafar com uma das eminentes personalidades disponíveis. Bato à porta do Mestre que me pareceu ser o mais fiável e também o mais apropriado para o desabafo em questão (o exame cuja nota se encontra pendurada é Economia e Sociedade de Portugal Medievo) e começo a desfiar o meu rosário de penas e queixas.

O Mestre ouvir-me, ouviu-me, disso não tenho dúvidas, mas não me deu feedback. E uma pessoa, nestas ocasiões, não quer só ser escutada, também precisa ouvir palavras de encorajamento e simpatia. Pois, meus senhores, esperei, esperei, desabafei e desabafei e o Mestre nada! Nicles, népias, nienta, nadita de nada. Lá estava, de olhar esgazeado e mãozinhas postas, a olhar-me de esguelha, mas palavras, viste-as!

Eu sei que o Mestre já é muito antigo, que teve uma vida intensa e desgastante, cheia de batalhas para correr com os castelhanos, cinco crianças para educar, uma mulher inglesa, com o inevitável choque de mentalidades e culturas, um reino desgovernado para governar, e a conquista ultramarina a começar, enfim muita coisa em que pensar que talvez, passados seis séculos, o tenham deixado com pouca paciência para escutar os meus dilemas. Mas nem uma palmadinha nas costas? Não me conformo, pronto!

Assim, sugiro ao senhor Tasqueiro que reveja o "Desabafe com" e, se for caso disso, despeça o Mestre. Sei lá, dê o lugar ao filho, D. Duarte, que passou à História como "Eloquente". Pode ser que ele me dê as razões que preciso.