23 janeiro 2004

Mais um dos filmes da minha vida

Existem momentos impossíveis de descrever. Existem sentimentos que não se deixam reduzir a palavras. Existem situações difíceis de abordar sem se cair no ridículo ou no piegas. A menos que se tenha o Dom de mover, de comover os outros através da linguagem dos sentimentos. A menos que se seja um Artista.

Vi o filme pela primeira vez no cinema, há dois anos. Revi-o ontem na televisão. Demorei alguns minutos a decidir se queria revê-lo, confesso. Mas também é possível extrair alguma beleza da dor. Arte é tudo o que nos toca no lugar mais fundo e secreto de nós mesmos, é tudo o que nos emociona uma, outra e outra vez, tantas vezes, todas as vezes que a lemos, vemos ou tocamos.

“O Quarto do Filho”, de Nanni Moretti