17 agosto 2006

Mamilo mágico, mamilo meu...

Há muito quem diga por aí que nós, as mulheres, somos criaturas vaidosas. Que adoramos o espelho como se de uma divindade se tratasse e, como tal, passamos horas esquecidas do mundo em frente a ele, a adorá-lo ou a adorar-nos através dele.

Ora, para vos aconchegar neste fim de tarde fresquinho, eis a história de uma menina que não gostava de perder tempo a olhar para o espelho.

Era uma vez uma menina (não, não sou eu) que não gostava de olhar para o espelho de manhã. Não que tivesse quaisquer problemas com a sua imagem, simplesmente não tinha tempo a perder com esses devaneios. Era muito prática e segura de si e gostava de sair de casa depressa para ir trabalhar. Assim, um dia a menina chegou ao emprego de braços cruzados sobre o peito e uma colega (talvez seja eu, ou talvez não) perguntou-lhe o que tinha. Seria frio?

A tal repto, a menina respondeu descruzando os braços e deixando ver sob a blusa clara que tinha vestida dois mamilos castanhos, erectos, empinadíssimos, terrivelmente omnipresentes…Para cúmulo, esta menina tinha um busto, digamos, invejável. O tipo de busto por que muitas mulheres suspiram e outras estão dispostas a pagar caro para ter (o tipo de busto que fica absolutamente mortal sob uma camisola justa de gola alta).

Como, apesar do tempo fresco, estávamos em Agosto, não havia casaco, lenço, ou qualquer outro acessório que lhe pudesse valer e, assim, a menina teve de passar a maior parte do seu dia de braços cruzados, qual cossaco pronto a atacar a mais febril pista de polca do leste da Europa…

Moral da história: uns bons minutos gastos a adorar o deus-espelho todas as manhãs não são uma mera futilidade. Antes representam tempo precioso passado connosco e podem ajudar a evitar alguns embaraços…