25 março 2004

Sebastião Salgado

Nas Galápagos, contou, pode-se tocar um gavião "porque o ADN dele não contém o instinto de defesa contra o ser humano, porque o ser humano não foi seu predador", ao passo que "no Brasil, não é possível aos humanos aproximarem-se de um gavião ou de um falcão menos de 200 metros, porque eles fogem, porque durante estes 500 anos de colonização do Brasil foram abatidos pelo homem". "Nas Galápagos, a Lélia [a mulher de Salgado, que dirige a agência Amazonas Images, fundada pelo casal em 1994] foi acompanhada por dois gaviões a voarem a um metro dela durante quatro ou cinco quilómetros", contou, para concluir que "a curiosidade de um outro animal é a mesma curiosidade" dos humanos.

Sebastião Salgado, in Público