(...)
Eis que chega mais um verão e, na miragem das férias, alguns portugueses esquecem-se dos seus animais de estimação. A expressão "animal de estimação" é, por si só, detestável, já que todos os animais devem ser estimados, sejam os que partilham o nosso espaço em casa ou os que vivem livres por esse mundo fora, mas, mais detestável do que a expressão, é a forma desumana, indigna e criminosa com que os portugueses continuam a tratar os animais.
A cada ano que passa, o número de animais abandonados aumenta. A cada ano que passa, continuamos a assistir a este crime sem fazer nada. Há poucos minutos, uma colega ligou-me bastante nervosa. Tinham abandonado um cahorro de dois meses, de raça castro laboreiro no quintal de casa dela. O requinte da criatura que atirou o cachorrinho por cima do muro foi tanto que até deixou um bilhete na caixa de correio da minha colega a explicar que o cachorro estava vacinado e desparasitado.
E eu pergunto: como é que estas criaturas conseguem viver consigo mesmas? Será que não sabem que são apenas um gigantesco monte de bosta ambulante?
Um animal é uma responsabilidade. Não é um brinquedo, não é um objecto. É um ser vivo que precisa de atenção. Ter animais implica estar disposto a fazer concessões, como abdicar de uma casa imaculadamente limpa, aprender a conviver com pêlos, pocinhas no chão, móveis, livros e outras coisas estragadas. Implica dispensar-lhe tempo, dar-lhe atenção e abdicar até de férias em alguns locais e condições.
As compensações são muitas, acreditem. Os animais são generosos, autênticos, honestos. Não dão os seus afectos de graça, mas quando os dão são sinceros. Por isso não compreendem quando os abandonam na estrada e tentam voltar a casa ou ficam simplesmente sentados à espera que o dono volte.
Os animais são como crianças pequenas, inocentes, dependentes, indefesos num mundo construído à imagem e semelhança dos humanos. Precisam de nós, de tudo quanto lhes pudermos dar. Se não tivermos espaço, tempo ou paciência, o melhor que temos a fazer é simplesmente não os ter. Abandoná-los é o acto mais reles que se pode cometer.
Sei que não disse novidade nenhuma, mas este é um crime que exige uma denúncia permanente.
A cada ano que passa, o número de animais abandonados aumenta. A cada ano que passa, continuamos a assistir a este crime sem fazer nada. Há poucos minutos, uma colega ligou-me bastante nervosa. Tinham abandonado um cahorro de dois meses, de raça castro laboreiro no quintal de casa dela. O requinte da criatura que atirou o cachorrinho por cima do muro foi tanto que até deixou um bilhete na caixa de correio da minha colega a explicar que o cachorro estava vacinado e desparasitado.
E eu pergunto: como é que estas criaturas conseguem viver consigo mesmas? Será que não sabem que são apenas um gigantesco monte de bosta ambulante?
Um animal é uma responsabilidade. Não é um brinquedo, não é um objecto. É um ser vivo que precisa de atenção. Ter animais implica estar disposto a fazer concessões, como abdicar de uma casa imaculadamente limpa, aprender a conviver com pêlos, pocinhas no chão, móveis, livros e outras coisas estragadas. Implica dispensar-lhe tempo, dar-lhe atenção e abdicar até de férias em alguns locais e condições.
As compensações são muitas, acreditem. Os animais são generosos, autênticos, honestos. Não dão os seus afectos de graça, mas quando os dão são sinceros. Por isso não compreendem quando os abandonam na estrada e tentam voltar a casa ou ficam simplesmente sentados à espera que o dono volte.
Os animais são como crianças pequenas, inocentes, dependentes, indefesos num mundo construído à imagem e semelhança dos humanos. Precisam de nós, de tudo quanto lhes pudermos dar. Se não tivermos espaço, tempo ou paciência, o melhor que temos a fazer é simplesmente não os ter. Abandoná-los é o acto mais reles que se pode cometer.
Sei que não disse novidade nenhuma, mas este é um crime que exige uma denúncia permanente.
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