20 abril 2009

Boas... long time, no see...

Num tempo em que ando mais frágil em relação ao que me rodeia - e isso parte de diversas origens, uma das "coisas" que me faz mais impressão é o sofrimento dos animais. Primeiro, porque não é facilmente perceptível quando lhes dói algo... (eles não dizem k dói aki ou ali...) e depois, porque da maneira que um estado (neste caso o... português composto não só pelo seu governo, mas toda a sociedade) trata os seus animais... deixa muito a desejar...
Eu e a Sónia, somos aqueles que vamos a correr para o Hospital Veterinário do Restelo (aquele que sabíamos aberto 24 horas por dia - agora sabemos que há mais) quando uma das nossas meninas apresenta qualquer sintoma fora no normal... mesmo que seja para nos dizerem ... "É so ronha, o animal está saudável...".. "a pata está perfeitamente boa..."...

Isto para dizer que me preocupo com os animais, isto para dizer que quando nós - estilo princepezinho - ..." Mas tu não deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..." - cativamos, conquistamos, adoptamos alguém... somos responsáveis por eles. Quando esses seres não têm quem os adopte... a não ser todos nós, a não ser quem é responsável pelo seu habitat em segurança, ou seja a humanidade em geral.... somos nós... tu, eu e quem mais houver interessado nesta causa.

Esta letra foi escrita por Erasmo Carlos há, pelo menos, 27 anos... continua actual...


As Baleias
Composição: Roberto Carlos / Erasmo Carlos


Não é possivel que você suporte a barra
De olhar nos olhos do que morre em suas mãos
E ver no mar se debater o sofrimento
E até sentir-se um vencedor neste momento

Não é possivel que no fundo do seu peito
Seu coração não tenha lágrimas guardadas
Pra derramar sobre o vermelho derramado
No azul das águas que voce deixou manchadas

Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão

O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e à fúria louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão

Como é possível que voce tenha coragem
De não deixar nascer a vida que se faz
Em outra vida que sem ter lugar seguro
Te pede a chance de existência no futuro

Mudar seu rumo e procurar seus sentimentos
Vai te fazer um verdadeiro vencedor
Ainda é tempo de ouvir a voz dos ventos
Numa canção que fala muito mais de amor

Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão

O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e à furia louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão

Não é possivel que você suporte a barra




Quando será que termina o sofrimento ??? De baleias, focas e afins?