A Tunísia vista pelos meus míopes III - "À cause de Luis Figo"
Em Sousse visitámos a mesquita (a parte pública, claro) e, em vez de subir ao “ribat” para apreciar a vista (que dizem ser muito bonita), preferi embrenhar-me pela Medina. Acredito que é aqui, neste emaranhado de ruelas estreitas e tortas, cheias de vendedores que nos assediam e nos oferecem tabaco e bugigangas que se conhece melhor a alma do país, e não olhando a vista perfeita do alto da fortaleza.
A Medina de Sousse é das mais movimentadas. Há gente por todo o lado, a comprar e a vender em grande azáfama. Nos cafés, os homens observam-nos com ar curioso enquanto fumam a sua “shisha”. No ar cheira a “shoarma” e eu lembro-me de Lisboa. As pessoas aqui são mais reservadas, não estão cá para agradar ao turista,. Não sabem e não querem fazê-lo. Mesmo assim, continuam afáveis. Aproveito para regatear arduamente duas malas de pele de camelo que compro pela fracção do preço de uma.
Sento-me numa esplanada e peço uma Coca-cola. Como o João foi a qualquer lado fazer já não me recordo o quê, fico sozinha e reparo que tenho vários olhares desconfiados a incidir sobre a minha modesta pessoa. Como não sinto qualquer hostilidade, continuo o que estava a fazer – aqui não é assim tão comum ver mulheres de calções e t-shirt, sentadas sozinhas num café a exibir a pele vermelha do sol. Com a chegada do João, os olhares dispersam-se pela Medina.
Na rua, as crianças oferecem-nos flores e pedem “cadeaux” em troca. Partimos em direcção ao “souk” que, àquela hora, fervilha de compradores, vendedores, aromas e cores diversas. À entrada, uma mulher regateia apaixonadamente com um vendedor. Eu fico encantada com as especiarias. Os cheiros dançam no ar e infiltram-se em nós, nas narinas, na pele e no cabelo. Cominhos, tomilho, açafrão em flor, harissa moída…Um vendedor oferece-me gentilmente amêndoas.
Ao lado vende-se prata a um dinar a grama. Tento regatear uma pechincha, mas este vendedor é difícil. Tenta adivinhar de onde venho “France? Allemagne? Pologne?”. Quando digo que sou portuguesa, a cara abre-se-lhe num sorriso, embrulha-me o colar em papel vegetal e coloca-mo nas mãos dizendo “À cause de Luís Figo”…
A Medina de Sousse é das mais movimentadas. Há gente por todo o lado, a comprar e a vender em grande azáfama. Nos cafés, os homens observam-nos com ar curioso enquanto fumam a sua “shisha”. No ar cheira a “shoarma” e eu lembro-me de Lisboa. As pessoas aqui são mais reservadas, não estão cá para agradar ao turista,. Não sabem e não querem fazê-lo. Mesmo assim, continuam afáveis. Aproveito para regatear arduamente duas malas de pele de camelo que compro pela fracção do preço de uma.
Sento-me numa esplanada e peço uma Coca-cola. Como o João foi a qualquer lado fazer já não me recordo o quê, fico sozinha e reparo que tenho vários olhares desconfiados a incidir sobre a minha modesta pessoa. Como não sinto qualquer hostilidade, continuo o que estava a fazer – aqui não é assim tão comum ver mulheres de calções e t-shirt, sentadas sozinhas num café a exibir a pele vermelha do sol. Com a chegada do João, os olhares dispersam-se pela Medina.
Na rua, as crianças oferecem-nos flores e pedem “cadeaux” em troca. Partimos em direcção ao “souk” que, àquela hora, fervilha de compradores, vendedores, aromas e cores diversas. À entrada, uma mulher regateia apaixonadamente com um vendedor. Eu fico encantada com as especiarias. Os cheiros dançam no ar e infiltram-se em nós, nas narinas, na pele e no cabelo. Cominhos, tomilho, açafrão em flor, harissa moída…Um vendedor oferece-me gentilmente amêndoas.
Ao lado vende-se prata a um dinar a grama. Tento regatear uma pechincha, mas este vendedor é difícil. Tenta adivinhar de onde venho “France? Allemagne? Pologne?”. Quando digo que sou portuguesa, a cara abre-se-lhe num sorriso, embrulha-me o colar em papel vegetal e coloca-mo nas mãos dizendo “À cause de Luís Figo”…
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