Amigos, amigos...trabalho à parte
Nunca fui capaz de fazer trabalhos de grupo na escola, embora fosse uma pessoa "popular", daquelas que conhece o liceu inteiro, fala com toda a gente e está sempre a fazer parte das associações de estudantes. A razão, nunca a soube. Diga-se em abono da verdade que também nunca procurei sabê-la. Quando chegava a altura de fazer os tais trabalhos de grupo, pedia aos professores para os fazer sozinha e eles achavam bem.
Mais tarde, quando comecei a trabalhar, deram-me logo um gabinete e um trabalho que dependia só de mim. Durante 10 anos fui feliz assim. Fiz do meu gabinete uma segunda casa, com livros, cafeteira e bolachinhas na gaveta (só não podia ter música porque o chefe que ocupava o gabinete contíguo e gostava de trabalhar de porta aberta, dizia que não estava para ouvir os meus cantores "panascas...)
Em Julho passado alguém se lembrou de que eu estava a ser "subaproveitada" e, num gesto súbito, lá me vi fora do meu gabinete, obrigada a partilhar outro com uma colega. O pior de tudo é que, em vez do meu gabinetezinho confortável com vista para as traseiras, puseram-me em plena Direcção, num espaço cheio de luz, à qual o meu lado vampiresco-intimista não estava acostumado.
As vantagens também existem, claro, como em quase tudo nesta vida e aqui estou muito mais "visível" sob todos os aspectos, mesmo sob o da promoção profissional, mas confesso que sinto falta do meu espaço e do meu trabalho antigos.
Ontem, ao chegar de férias, soube que a minha colega vai ser substituída por outra que, além de colega, é amiga. Confesso que o meu pequeno mundo tremeu. Se calhar, sem razão, não sei, mas admito que tenho medo de trabalhar com alguém que já conheço bem e com quem tenho um excelente relacionamento. Uma coisa é começar uma amizade com alguém com quem se trabalha, outra coisa é começar a trabalhar com um amigo...
Nunca tinha pensado nisto, mas pelos vistos não sou a única porque ontem, em conversa com a minha velha amiga e nova colega percebi-lhe os mesmos receios. Vamos ver como será.
Mais tarde, quando comecei a trabalhar, deram-me logo um gabinete e um trabalho que dependia só de mim. Durante 10 anos fui feliz assim. Fiz do meu gabinete uma segunda casa, com livros, cafeteira e bolachinhas na gaveta (só não podia ter música porque o chefe que ocupava o gabinete contíguo e gostava de trabalhar de porta aberta, dizia que não estava para ouvir os meus cantores "panascas...)
Em Julho passado alguém se lembrou de que eu estava a ser "subaproveitada" e, num gesto súbito, lá me vi fora do meu gabinete, obrigada a partilhar outro com uma colega. O pior de tudo é que, em vez do meu gabinetezinho confortável com vista para as traseiras, puseram-me em plena Direcção, num espaço cheio de luz, à qual o meu lado vampiresco-intimista não estava acostumado.
As vantagens também existem, claro, como em quase tudo nesta vida e aqui estou muito mais "visível" sob todos os aspectos, mesmo sob o da promoção profissional, mas confesso que sinto falta do meu espaço e do meu trabalho antigos.
Ontem, ao chegar de férias, soube que a minha colega vai ser substituída por outra que, além de colega, é amiga. Confesso que o meu pequeno mundo tremeu. Se calhar, sem razão, não sei, mas admito que tenho medo de trabalhar com alguém que já conheço bem e com quem tenho um excelente relacionamento. Uma coisa é começar uma amizade com alguém com quem se trabalha, outra coisa é começar a trabalhar com um amigo...
Nunca tinha pensado nisto, mas pelos vistos não sou a única porque ontem, em conversa com a minha velha amiga e nova colega percebi-lhe os mesmos receios. Vamos ver como será.
0 Novas Memórias:
Enviar um comentário
<<Página Principal