Central do Brasil
Ontem, por cortesia do meu abade que me ofereceu o DVD, pude rever um dos filmes da minha vida: "Central do Brasil", de Walter Salles. Tinha visto este filme uma só vez e chegou para me marcar.
Para quem ainda não viu, o filme é a jornada de uma escrevedora de cartas - a magnífica Fernanda Montenegro - e de um menino de nove anos, pelo interior do Brasil, em busca do pai deste. Dora ganha a vida a escrever cartas na estação de combóios do Rio de Janeiro. Ao fim do dia, é ela quem decide que cartas vão para o correio. Amarga e desiludida, Dora avalia o carácter e faz o retrato da vida dos seus clientes lendo nas entrelinhas das palavras por estes ditadas.
Um dia conhece Josué que vem com a mãe para escrever uma carta ao pai, que não conhece. A morte súbita da mãe do menino faz com que Dora o acolha e os dois iniciam um périplo pelo interior do Brasil, rumo ao Nordeste, à procura da família de Josué. Para Dora, são duas as viagens. Além daquela que a leva a percorrer as estradas de um país de paisagens, raças e credos vários, Dora empreende uma viagem íntima, dolorosa, ao fundo das suas recordações da infância, marcada profundamente pelo abandono do pai.
Quando amamos alguém e essa pessoa nos trai ou desilude de alguma maneira terrível, o amor desaparece instantaneamente? Ou será que fica guardado em algum cofre secreto, onde guardamos o melhor e pior das nossas vidas porque, lá no fundo, temos consciência de que ambos são necessários para nos fazer crescer?
O filme termina com estas palavras, escritas por Dora para Josué: "Tenho saudades do meu pai. Tenho saudades de tudo."
Se quando vi o filme, há uns cinco anos atrás, sabia que ele me iria marcar para sempre, nunca pensei que ontem, ao revê-lo, ele me tocasse ainda mais. Eu também tenho saudades. Do meu pai e de tudo.
Para quem ainda não viu, o filme é a jornada de uma escrevedora de cartas - a magnífica Fernanda Montenegro - e de um menino de nove anos, pelo interior do Brasil, em busca do pai deste. Dora ganha a vida a escrever cartas na estação de combóios do Rio de Janeiro. Ao fim do dia, é ela quem decide que cartas vão para o correio. Amarga e desiludida, Dora avalia o carácter e faz o retrato da vida dos seus clientes lendo nas entrelinhas das palavras por estes ditadas.
Um dia conhece Josué que vem com a mãe para escrever uma carta ao pai, que não conhece. A morte súbita da mãe do menino faz com que Dora o acolha e os dois iniciam um périplo pelo interior do Brasil, rumo ao Nordeste, à procura da família de Josué. Para Dora, são duas as viagens. Além daquela que a leva a percorrer as estradas de um país de paisagens, raças e credos vários, Dora empreende uma viagem íntima, dolorosa, ao fundo das suas recordações da infância, marcada profundamente pelo abandono do pai.
Quando amamos alguém e essa pessoa nos trai ou desilude de alguma maneira terrível, o amor desaparece instantaneamente? Ou será que fica guardado em algum cofre secreto, onde guardamos o melhor e pior das nossas vidas porque, lá no fundo, temos consciência de que ambos são necessários para nos fazer crescer?
O filme termina com estas palavras, escritas por Dora para Josué: "Tenho saudades do meu pai. Tenho saudades de tudo."
Se quando vi o filme, há uns cinco anos atrás, sabia que ele me iria marcar para sempre, nunca pensei que ontem, ao revê-lo, ele me tocasse ainda mais. Eu também tenho saudades. Do meu pai e de tudo.
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