22 outubro 2004

A milésima entrada num caderno virtual

Tenho andado muito ocupado no trabalho. Em casa, sinceramente, não me apetece andar a navegar pela Net, apenas me apetece deitar - ou sentar - e ficar no quentinho a ler um livro. Quase de rajada, li "O Perfume" e "O Último Cabalista de Lisboa". Gostei de ambos, mas preferi "O Último Cabalista de Lisboa". Gostei de ler uma descrição de Lisboa na transição do Séc. XV/XVI, aprender um pouco da cultura judaica, rever - alguns negros - períodos da nossa história. Gostei tanto que vou adquirir a sequela "Meia-noite ou o Princípio do Mundo".
Ontem, iniciei o "Equador". Aguarda-me uma viagem até África, mais concretamente até S.Tomé e Príncipe.
Bom fim de semana.

17 outubro 2004

Rescaldo do fim de semana

- não acertei em nada no Euro Milhões;
- não acertei em nada no Totoloto;
- fomos ao teatro da Trindade ver a peça Einstein e Picasso (adorei e fiquei deveras surpreendido pela interpretação do Pedro Górgia);
- fomos até ao Bairro Alto;
- fomos até às Docas;
- chegámos a casa às 6 da manhã e ao ligar o PC (desktop), vejo que está avariado - não arranca e bloqueia logo no início;
- dormi pouco;
- o Benfica perdeu...

Pôrra! Tirando a noite de sábado, o fim de semana foi mesmo uma merda!

15 outubro 2004

Parabéns

Amnistia Internacional

Fundada a 15 de Outubro de 1961, na cidade de Londres.

Teste I




Você é "O Fabuloso Destino de Amelie Poulain" de Jean Pierre Jeunet. Você é engraçado(a), original. Uma pessoa leve e maravilhosa de se conviver.

Faça você também Que bom filme é você?
Uma criação de O Mundo Insano da Abyssinia

11 outubro 2004

snifffff

Sexta-feira, depois de mais uma análise ao sangue e enquanto esperava pela respectiva consulta de hipocoagulação, fui até à Fnac Chiado para dar uma volta e ver as últimas novidadades.
Envolto na imensidão de livros, optei por dois que há muito ansiava ler: "O Perfume" de Patrick Suskind - o livro preferido de 99% das top-models e outro aconselhado por um amigo, "O Último Cabalista de Lisboa" de Richard Zimler.
Como neste fim de semana passado me desloquei ao norte para mais uma operação vindima, o tempo não sobrou para muitas leituras, mas mesmo assim, já quase que esgotei o frasco de (perverso) perfume que emana da personagem Jean-Baptiste Grenouille. De seguida, e antes de partir em viagem pelo "Equador" penso dar umas voltas pela cabalística Lisboa.

07 outubro 2004

Enigma

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A Tunísia vista pelos meus míopes III - "À cause de Luis Figo"

Em Sousse visitámos a mesquita (a parte pública, claro) e, em vez de subir ao “ribat” para apreciar a vista (que dizem ser muito bonita), preferi embrenhar-me pela Medina. Acredito que é aqui, neste emaranhado de ruelas estreitas e tortas, cheias de vendedores que nos assediam e nos oferecem tabaco e bugigangas que se conhece melhor a alma do país, e não olhando a vista perfeita do alto da fortaleza.

A Medina de Sousse é das mais movimentadas. Há gente por todo o lado, a comprar e a vender em grande azáfama. Nos cafés, os homens observam-nos com ar curioso enquanto fumam a sua “shisha”. No ar cheira a “shoarma” e eu lembro-me de Lisboa. As pessoas aqui são mais reservadas, não estão cá para agradar ao turista,. Não sabem e não querem fazê-lo. Mesmo assim, continuam afáveis. Aproveito para regatear arduamente duas malas de pele de camelo que compro pela fracção do preço de uma.

Sento-me numa esplanada e peço uma Coca-cola. Como o João foi a qualquer lado fazer já não me recordo o quê, fico sozinha e reparo que tenho vários olhares desconfiados a incidir sobre a minha modesta pessoa. Como não sinto qualquer hostilidade, continuo o que estava a fazer – aqui não é assim tão comum ver mulheres de calções e t-shirt, sentadas sozinhas num café a exibir a pele vermelha do sol. Com a chegada do João, os olhares dispersam-se pela Medina.

Na rua, as crianças oferecem-nos flores e pedem “cadeaux” em troca. Partimos em direcção ao “souk” que, àquela hora, fervilha de compradores, vendedores, aromas e cores diversas. À entrada, uma mulher regateia apaixonadamente com um vendedor. Eu fico encantada com as especiarias. Os cheiros dançam no ar e infiltram-se em nós, nas narinas, na pele e no cabelo. Cominhos, tomilho, açafrão em flor, harissa moída…Um vendedor oferece-me gentilmente amêndoas.

Ao lado vende-se prata a um dinar a grama. Tento regatear uma pechincha, mas este vendedor é difícil. Tenta adivinhar de onde venho “France? Allemagne? Pologne?”. Quando digo que sou portuguesa, a cara abre-se-lhe num sorriso, embrulha-me o colar em papel vegetal e coloca-mo nas mãos dizendo “À cause de Luís Figo”…

Bigfoot

Nos últimos tempos, tenho vindo a despertar para uma realidade tenebrosa: os meus pás cresceram! Ou estão a crescer, ainda não sei bem. É verdade. Aos 32 anos de idade, passei de um aceitável 36 para um duvidoso 38. O mais intrigante é que não cresci. Continuo com o meu 1,62m de há vários anos. Da mesma forma, não reparei que qualquer outra parte do meu corpo tenha crescido - só os pés é que decidiram, de repente, sair do anonimato silencioso e começar a afirmar a sua presença.

É claro que eu deveria ter começado a desconfiar quando o 37 se tornou mais confortável do que o 36, mas acreditei nos vendedores e achei que seria apenas uma questão de formato - é que os pés também têm caprichos e não se contentam com o primeiro sapato que lhes aparece. Têm de se sentir cómodos e envolvidos, para nos proporcionar aquela indescritível sensação de alívio, de leveza e liberdade absolutas. Se não gostarem, se se sentirem oprimidos, doem e latejam incessantemente como que a pedir socorro. E não interessa se os sapatos são o nosso número habitual - se os pés reclamam, não há nada a fazer. O melhor é ouvi-los e fazer-lhes a vontade, caso contrário as dores tornam-se lancinantes e cedo se farão acompanhar por queimaduras, calos e bolhas que nos torturarão o andar durante semanas a fio.

Por todos estes motivos, decidi não contrariar os meus pézinhos e comecei a comprar-lhe sapatolas 38 (biqueira estreita). Eles gostaram e todos os dias me agradecem levando-me ligeira e confortável a todos os lugares onde preciso de ir.

Ao contrário da maioria das pessoas, eu gosto dos meus pés e não tenho vergonha nenhuma em mostrá-los. Se eles cumprem diligentemente a função de me suportar e de me transportar, porque não havia eu de ser generosa para com eles? Não são bonitos, mas também não são feios. Não sáo pequenos, mas também (ainda) não são enormes. Não são perfeitos, mas são limpinhos e lisinhos. Que mais se pode esperar de um pé?

Neste momento, rezo para que o crescimento páre antes que a desproporcionalidade se instale. Não quero a sensação de andar de "barbatanas" calçadas até ao resto da vida! Espero também que nenhuma outra parte do meu corpo siga o exemplo dos presuntinhos e decida crescer mas, pelo sim, pelo não, já comecei uma vigilância "pidesca" sobre orelhas, nariz, mamocas e barriga - as partes mais críticas, cujo crescimento seria desastroso para a minha pessoa. Pernas e braços parecem sossegados para já, mas continuo alerta...

04 outubro 2004

Tempo de leitura

Sexta-feira fomos até à feira de livros do Chiado, organizada pela Bertrand. Foi mais uma oportunidade para adquirir algumas pechinchas e dar uma olhadela noutras possíveis compras. Eu comprei dois livritos, "Ninguém escreve ao coronel" de Gabriel Garcia Márquez e "Perder é uma questão de método" de Santiago Gamboa.
O primeiro, li-o no fim de semana, tendo já iniciado o segundo, assim como as "Rosas de Atacama" de Luis Sepúlveda que a Sónia me emprestou. Para os tempos próximos não me vão faltar livros, pois além destes, estou a ler também (e ainda) a "História do Cerco de Lisboa" de Saramago e tenho para ler mais alguns que a Sónia me trouxe, entre os quais a "Cidade dos Deuses Selvagens" de Isabel Allende e o best seller "Equador" de Miguel Sousa Tavares. Vão ser umas noites rodeadas de letras e frases, embalando-me até o sono chegar.

Fomos ver o mais recente filme do realizador do 6º Sentido, ou seja, A Vila. Gostámos. Mais uma vez, nem tudo é o que parece. Vale a pena ver.

[A ideia inicial era ir ver a peça "Celadon" ao São Luiz, mas quando chegámos já a peça estava esgotada. Fica para uma próxima oportunidade.]

01 outubro 2004

Nota Musical

Hoje, quando vim para o trabalho, vim a ouvir um dos cd's que estava perdido no porta-luvas (que nunca levou luvas de qualquer espécie - porque se chamará assim?), uma colectânea de Dire Straits. Há muito tempo que não ouvia o Mark Knopfler e soube-me muito bem ter companhia no curto trajecto.

Last time I was sober, man I felt bad
Worst hangover that I ever had
It took six hamburgers and scotch all night
Nicotine for breakfast just to put me right
’cos if you wanna run cool
If you wanna run cool
If you wanna run cool, you got to run
On heavy, heavy fuel

My life makes perfect sense
Lust and food and violence
Sex and money are my major kicks
Get me in a fight I like dirty tricks
’cos if you wanna run cool
Yes if you wanna run cool, you got to run
On heavy, heavy fuel

My chick loves a man who’s strong
The things she’ll do to turn me on
I love the babes, don’t get we wrong
Hey, that’s why I wrote this song

I don’t care if my liver is hanging by a thread
Don’t care if my doctor says I ought to be dead
When my ugly big car won’t climb this hill
I’ll write a suicide note on a hundred dollar bill
’cos if you wanna run cool
If you wanna run cool
Yes if you wanna run cool, you got to run
On heavy, heavy fuel


Dire Straits, Heavy Fuel

Efemérides (e não só)

Tantas celebrações para um dia que acabou de nascer...

Dia Mundial da Música.
Dia Mundial da Água.
Dia Internacional do Idoso.
Dia dos Santos Mártires — Máximo, Veríssimo e Júlia.
Dia de Santa Teresa do Menino Jesus, virgem (não esquecer que há procissão de velas - hoje - na Brandoa)

Em 1935 nascia em Surrey, Inglaterra, uma menina que havia de ficar famosa por andar a subir e a descer os Alpes orientais, enquanto cantava:

The hills are alive with the sound of music
The songs they have sung for a thousand years
The hills fill my heart with the sound of music


isto depois de ter andado a voar (com a ajuda de um chapéu de chuva). Acompanhada (ou não) por um bando de crianças. Refiro-me como é óbvio à Heidi Julie Andrews.