28 abril 2005

Diário de bordo 2/3

Logo de manhã cedo, após o pequeno almoço dirigimo-nos a Castelo Branco, mais uma vez, acompanhados por uma chuvinha teimosa. Demos uma volta rápida pela cidade, visitámos a Sé e fomos tirar umas fotografias ao Jardim dos Arcebispos. Regressámos às Termas para o almocito da ordem e mais uma vez dirigimo-nos a Penha Garcia. Descemos ao fundo do vale através do trilho de trecking [o que se tornou uma aventura, porque às tantas chegávamos a sítios sem saída, entalados entre hortas e terrenos particulares...] e conseguimos chegar - após muito esforço - a uma piscina natural onde encontrámos mais alguns turistas.
Se difícil foi chegar ao fundo do vale... nem vos conto o difícil que foi voltar ao sítio onde tínhamos estacionado.
De Penha Garcia, partimos em direcção a Idanha-a-Velha, desta vez com bastante tempo para desfrutar da aldeia [o que não acontecera no da anterior]. Chegados a Idanha, demos uma volta pela aldeia, tirámos mais umas fotografias e descansámos bebendo um café num estabelecimento local. No caminho de volta às Termas, num determinado troço da estrada, após uma curva, deparamo-nos com duas perdizes que iam pacatamente atravessando a estrada... e que ao ver o carro aceleraram o passo e acabaram por voar [foi extremamente cómico ver as rechonchudas perdizes a atravessar a estrada].
Depois, nada como terminar o dia com uma vitória do Benfica ;)

27 abril 2005

Diário de bordo 1/3

E passou-se mais um fim de semana por terras de Portugal. Desta vez, e contrariamente ao que era suposto de início, ficámos na localidade das Termas de Monfortinho que além das termas propriamente ditas, nada mais tem, a não ser algumas pensões/residenciais e meia dúzia de casas (sítio ideal para descansar).
Logo no sábado, após o registo de entrada e o almoço (nham nham) fomos até Penha Garcia - o presépio da Beira. A paisagem escarpada que nos conduz à barragem e ao vale é de uma beleza invulgar. Aproveitámos para tirar umas fotos e ver a bonita paisagem com que a natureza nos proporcionou.
Dali, seguimos para Monsanto. Após estacionarmos o carro no largo logo à entrada da aldeia, apanhámos boleia no autocarro da câmara para a subida à parte histórica/turística.

[actualmente apenas os residentes e os turistas alojados na Pousada de Monsanto podem subir com as suas viaturas, o que se enaltece por ajudar a preservar a aldeia]

Em Monsanto, e apesar da chuvinha teimosa e persistente, subimos ao ponto mais alto da aldeia, e mais uma vez contemplamos a vista em redor. Acompanhados de algumas dezenas de turistas, subimos e descemos a aldeia. O artesanato à venda é igual em toda a região e limita-se em marafonas e adufes - de preço muito inflaccionado.

De Monsanto, partimos em direcção a Penamacor, onde o trânsito se encontrava condicionado em virtude de uma prova de ciclismo. Desviados do centro da cidade, acabámos por ir estacionar num largo onde se encontrava uma enorme tenda... do mal, o menos! Visto que a chuvinha passou a ser uma Senhora Chuva, abrigámo-nos na referida tenda que, para nossa surpresa, pertencia a uma mostra regional de gastronomia e artesanato. Demos uma voltinha à exposição e quando nos preparávamos para comprar umas alheiras e umas farinheiras (nham nham nham nham schhlép) disseram-nos que nada daquilo era para venda... era para comer ali ao longo do fim de semana que iria demorar a "feira". Sendo assim... provámos uns deliciosos enchidos, acepipes, pão, etc.

Após uma breve incursão pela parte alta da cidade (muito breve graças à chuva), voltámos a casa, fazendo apenas uma visita rápida a Idanha-a-Velha (estava reservada uma visita mais prolongada para o dia seguinte).

E passou-se assim o primeiro - e cansativo - dia...

Primavera

Penha Garcia

Monsanto

22 abril 2005

Até Terça!

E estão consumados todos os preparativos para ser um óptimo fim de semana! :)
Só o tempo é que pode chatear um pouco. Tentei subornar S.Pedro mas parece que não tive sucesso. Espera-se chuva para o norte e centro de Portugal Continental mas não vai ser uma chuvinha, ou ate mesmo uma trovoadazita, que vai evitar que nós nos divirtamos [pode é impedir que eu faça algumas fotografias].
Vamos cedo para aproveitar o fim de semana ao máximo e começar logo de manhã a romaria aos locais a visitar.
Se houver tempo ainda daremos um saltinho à terra de nuestros hermanos, mais precisamente a Cáceres, mas garanto que não iremos comprar caramelos ou qualquer tipo de doçaria.
Espero que aproveitem bem o fim de semana prolongado... E viva o 25 de Abril!

19 abril 2005

Mini Férias

Parece que está difícil passar o fim de semana em Idanha. Em virtude da comemoração dos 800 anos do concelho, os alojamentos andam muito escassos e os bungalows do Parque de Campismo estão todos reservados por uma faculdade. A pesquisa prossegue pelas terras da raia... quem sabe se não é desta que faço um tratamento termal :)

18 abril 2005

Vai um adufe ? e uma Marafona?

Andamos já a planear o próximo fim de semana, que será uma espécie de reedição de um efectuado há uns anos. Será passado na região centro e teremos o nosso ninho aqui, na pacatez do Parque de Campismo, encostado à bela Barragem da Idanha. Daqui saíremos para as localidades em redor e mais uma vez visitaremos Monsanto, Idanha-a-Velha (Egitânia), Monfortinho, Penha Garcia e outras.
Vou aproveitar para tirar o pó da máquina fotográfica e tentar registar o que de melhor a região tem. Depois, só depois, saberei se o consegui.

Mi Casa, Su Casa

O fim de semana trouxe consigo (finalmente) o fim de das obras.
Depois de mais uma pintura rápida no sábado e a colocação de mais uns acessórios de decoração (é o que fazem as visitas ao IKEA), terminei as obras. Desta vez, contei com a preciosa ajuda da abadessa, que ajudou bastante a melhorar a cara do convento.
Como extra... ainda troquei o relógio da cozinha por um daqueles grandes, do estilo estação de comboios [não sei porquê, mas sempre adorei esses relógios!]

A sala parece mais ampla, está definitivamente mais luminosa e acolhedora, assim como as restantes divisões agora contempladas. Qualquer dia há mais.

15 abril 2005

Parabéns a Você

Leonardo Da Vinci
Leonardo da Vinci (1452-1519)

14 abril 2005

Uma pequena nota musical ao fundo

E já que falei em algo que meteu água, dois posts abaixo, hoje assinala-se também o 93º aniversário do naufrágio do Titanic.

- O quê, Zé?
- (... imperceptível)
- Sim, pois... ao longo destes 93 anos o navio apenas emergiu para ser a figura principal do filme de James Cameron.
- (... imperceptível)
- Sim, mas voltou a ser afundado. Eles não aprenderam à primeira. Foram iztúpidoz!
- (... imperceptível)
- Sim, se fosse o Spielberg o navio não tinha afundado! Tinha sido mordido por um tubarão que lhe faria um rombo grave, mas salvo a tempo por uma bicicleta voadora e ido aterrar num aeroporto situado na rua 8.
- (... imperceptível)
- Quê?? vai dormir... vai...

Letras ao desafio

O Fernando passou-me a corrente e apesar de o tempo não abunda, umas respostas rápidas arranjam-se sempre. Cá ficam então as respostas possíveis!

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Qualquer um que fizesse sonhar, chorar, rir, tremer de medo e exultar de alegria quem folheasse as suas páginas.

Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por uma personagem de ficção?
A Lara Croft tem qualquer origem literária ?

Qual foi o último livro que compraste?
A Conspiração de Papel de David Liss

Qual o último livro que leste?
Meia Noite ou o Princípio do Fim do Mundo de Richard Zimler

Que livros estás a ler?
A História do Cerco de Lisboa de José Saramago (há muito, muito tempo...)
A Caverna de José Saramago (há muito tempo)
A Conspiração de Papel de David Liss
A Mensagem de Fernando Pessoa

Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
A Bíblia Católica, a Bíblia Evangélica, a Tora e o Corão para ver se os conseguia ler; as obras diet da MRP e da Daniela Steel para aquecer as noites (233ºC fornecem um belo aquecimento); os livros do MEC - sem esquecer a A Causa das Coisas - para rir um pouco; todos os que conseguisse arranjar de Eça de Queirós, Gabriel Garcia Márques, Isabel Allende, Santiago Gamboa, Luís Sepúlveda, Miguel Sousa Tavares; Memorial do Convento, Ensaio sobre a Cegueira, Ensaio sobre a Lucidez, O Ano da Morte de Ricardo Reis e o Homem Duplicado de José Saramago, e muitos outros que me passaram pelas mãos.
[hum... que será aquele (5)!?? acho que vou ignorar...]

A quem vais passar este testemunho (3 pessoas) e porquê?
À Jacky para ela fazer mais uma quebra-pausa;
Ao Nuno para ele fazer uma pausa e arrumar a máquina de calcular;
À Sónia para ela retomar o bom trabalho no Livro das Horas.

E os vencedores são:
Todos o que lêem um livro.

Uma pequena nota musical a Norte

Acabei finalmente a primeira fase das pinturas! Hoje só tenho de colocar o novo varão (para as cortinas) na cozinha e dar uma limpeza à restante casa. Só posso dizer que isto cansa!! Ando todo partido desde domingo! Sobe escadote, desce escadote, sobre banco, desce banco, estica braço, encolhe braço, carrega rolo, esfrega... chiça, que isto cansa! Agora só nas férias é que me dedicarei aos quartos! Vou descansar durante um ou dois meses!

Entretanto, eu nem dei conta de o tempo passar! Devo ter demorado uma eternidade a pintar, porque parece...errr, quer dizer... eu ouvi dizer que a Casa da Música ia abrir hoje ao público! Mas o Porto já é a Capital Europeia da Cultura outra vez?

10 abril 2005

Resoluções

Acho que sou de luas... ou seja, também se pode dizer que sou de "vipes ou vaipes" ou qualquer coisa parecida!
Ando há alguns meses a pensar em repintar a casa, desta feita de branco, para melhorar a luminosidade da mesma! Após esperar por um fim de semana prolongado para efectuar tal obra, mas, pensando sempre em gozá-lo de outras formas mais produtivas, eis que me resolvi de um momento para o outro e voilá... não, não está a casa pintada, mas da sala, do hall e casa de banho (o que vou pintar nesta fase) já retirei o que poderá estorvar e o que está a mais para tal tarefa. Nada como ver o Boavista a ganhar ao F.C.Porto para tomar boas decisões! :)
Só posso dizer que foi muito fácil pintar a casa há cerca de 5 anos quando ainda estava vazia, porque repleta de movéis e de outras coisas, custa muito mais!
Daqui a pouco, quando a manhã começar vou ao Aki comprar tinta, fita castanha para isolar o que não interessa pintar e... vou por mãos ao trabalho porque, de tarde, o meu amor espera-me (com ou sem gotas de tinta!).

06 abril 2005

Lei de Murphy

Mas porque é que quando estamos mais apressados para levantar dinheiro numa ATM, somos sorteados com uma pessoa que faz 3 pagamentos de serviços, consulta de saldos, levantamento de dinheiro, muda de cartão, consulta de saldos e levantamento de dinheiro ???

Dá vontade de repetir o outro! Aquele que faz tudo já a seguir...

É que é não há pachorra! É que não há mesmo pachorra!!

"...Da nossa velha infância..."

Este post vem na sequência de um publicado pela Jacky há uns dias.

Na minha infância, tal como todas as crianças (penso eu), os jogos de rua eram os mais apetecidos. Passava as tardes a jogar à bola no parque infantil em frente à casa dos meus pais, num campo de futebol improvisado onde as balizas eram o espaço entre o muro que delimitava o parque e as árvores que o compunham. Outras vezes, deslocávamo-nos para o fim da rua onde um beco fazia as nossas delícias. Um ponto comum a ambos os lugares: os joelhos esfolados. Num desses jogos - no beco, num remate mal calculado, partimos um vidro de uma empresa. Como era fim de semana, a empresa estava fechada e nada pudemos fazer. Na segunda-feira seguinte, logo de manhã fomos à dita empresa e assumimos a culpa do vidro partido, tendo desde logo tirado as medidas e ido comprar o vidro e a massa para o colocar (lá se foi a semanada). No final da "obra", vidro posto, os responsáveis da empresa, admirados com a nossa responsabilidade além de nos pagarem o vidro que nós partimos, ainda nos ofereceram brindes da empresa.
Outra das brincadeiras favoritas era construir carrinhos de rolamentos. Como os rolamentos não abundavam, optávamos por construir carros com rodas de triciclos. Descer a rua, travar com (e gastar) solas de sapatos e por vezes, não tão poucas quanto isso, espalharmo-nos ao comprido quando uma das rodas saltava do eixo. Outra vertente era prender o carro a uma bicicleta e alternarmos entre quem conduzia e quem era conduzido.
Jogávamos às escondidas, ao mata, à apanhada, ao futebol humano, eu sei lá... um dia de rua e de brincadeira chegava para nos tornar felizes.
Era bom. Tudo acabou, quando um dia... cresci.

05 abril 2005

Receita do dia

Para acompanhar a minha abadessa e o seu post acerca da chain letter em forma de bolo, aqui fica uma deliciosa receita nada um pouco um bocado... algo calórica... mas muito, muito deliciosa!

Migas à Alentejana

* Pão (cerca de 150 gramas por pessoa), caseiro, tipo alentejano, de preferência.
* Alho a gosto
* Massa de pimentão a gosto (algumas colheres)
* sal a gosto
* Carne de porco (entrecosto, lombo) - de preferência com alguma gordura, para poder fritar com a própria gordura (é aconselhável a utilzação de pedaços de toucinho)
* água a ferver (apenas o suficiente para amaciar o pão e formar uma pasta não muito húmida)


Barra-se a carne com pimentão e deixa-se a repousar durante algum tempo, um dia, de preferência, tal como se fazia na ocasião de temperar a carne para os enchidos. O alho deve ser pisado juntamente com algum sal num almofariz.

A primeira coisa a fazer com a carne é fritá-la. O objectivo não é, unicamente, cozinhar a carne mas, sim, obter o pingo ou gordura que é, desta forma, produzido. Para que o pingo não fique cheio de pedaços de carne carbonizada deve-se vigiar com atenção a forma como a carne frita. Para isso pode ir borrifando com água, sempre que verificar que há tendência a queimar. Vai-se retirando a carne à medida que esta vai ficando devidamente cozinhada, ao seu gosto (alourada fica bem).

O pingo é retirado e convém ser coado (passar por uma rede, de forma a separar os resíduos).

O pão é cortado em fatias e colocado dentro do mesmo recepiente onde se fritou a carne e é amassado imediatamente com água a ferver. A colher de pau é o utensílio preferido por muitos cozinheiros (tradicionalmente) para este género de operação.

Em seguida, vai-se deitando o pingo que foi reservado, de forma a ligar-se ao pão e temperá-lo. Deve-se ter cuidado para não exagerar - caso contrário ficam com demasiada gordura. Entretanto, vai-se rodando a massa até formar um bola - é o que se chama "enrolar as migas". Faz-se isto até as migas ficarem com uma crosta dourada (sem queimar). Servem-se acompanhadas da carne frita.
(Wikipédia)