O maior português de todos os tempos
Os portugueses colocaram no mesmo "saco" Salazar e Aristides de Souza Mendes, sem esquecer Álvaro Cunhal - a alma católica e conservadora do senhor Salazar, lá onde estiver, deve estar aos pinotes... - e, como não podia deixar de ser, lá votaram fortemente no primeiríssimo dos Afonsos (que não bateu na mãe, OK? Esteve perto, acredito, mas lá se conteve e não se desgraçou)e no mais conhecido dos homens das descobertas, D. Vasco da Gama. De permeio, entraram o Infante D. Henrique e o sempre grande Sebastião José de Carvalho e Mello.
Por mim, obviamente demitiria o senhor Salazar da lista e, no seu lugar colocaria o nosso maior escritor, Eça de Queiroz. Substituiria Vasco da Gama pelo Padre António Vieira e o Infante D. Henrique por Pedro Nunes, pois se é verdade que o querer de um homem nos lançou na aventura maior do mar oceano, foi o saber de outro(s) que nos permitiu ir mais longe.
Álvaro Cunhal seria igualmente retirado - apesar da admiração que tenho pelo escritor e pelos ideais que sempre defendeu - e substituído por D. Duarte, o nosso rei mais esclarecido e também um dos mais esquecidos.
Como estamos a falar de Portugal e para os portugueses arranja-se sempre um jeitinho e cabe sempre mais um, se nos apertarmos um bocadinho mais, ainda colocaria na lista o poeta Sá de Miranda. É verdade que, assim, os dez maiores portugueses de sempre seiram, na verdade, onze, mas quem é que estar para os contar? Afinal ondem cabem dez cabem onze e somos todos irmãos e o que interessa é que o Benfica é um grande clube, pá!
Quanto a mim, o meu voto vai inteirinho para Aristides de Souza Mendes porque quem arrisca a própria vida e as vidas dos filhos para salvar as de pessoas que nunca chegou a conhecer, não é apenas o maior português de sempre, é um dos maiores homens de sempre.